Cidades enfrentam problemas para trazer médicos ao Vale

Política

Cidades enfrentam problemas para trazer médicos ao Vale

Sem preencher vagas, municípios precisam adaptar atendimentos

Cidades enfrentam problemas para trazer médicos ao Vale
Em Teutônia, a administração tem promovido rodízio de profissionais para garantir assistência à população (Foto: Divulgação)
Teutônia
oktober-2024

Municípios de diferentes portes na região enfrentam dificuldades para contratar médicos em distintas especialidades. Neste momento, um dos cenários mais notórios é registrado em Teutônia e motiva a preocupação das autoridades. De acordo com o secretário de saúde, Juliano Renato Körner, faltam sete clínico gerais e dois pediatras. As ausências ocorrem por afastamentos dos profissionais motivados por licença-maternidade e questões de saúde, além de diversos processos seletivos infrutíferos.

Körner sublinhou que se trata de um problema regional, pois a escassez já se observa há muito tempo. Para o titular da pasta, uma das razões desse panorama seria o desinteresse dos médicos em atender apenas determinada cidade. Outra diz respeito a certa incompatibilidade entre os projetos de carreira e as obrigações que precisam ser assumidas.

Salário não seria o problema

Ele acredita que a questão salarial não seria um empecilho, pois as remunerações variam entre R$ 8.770,36 e R$ 17.540,22 para clínico geral, e R$ 8.300,13 e R$ 11.366,78, aos pediatras. As informações constam no site do Executivo. “Há pouco, abrimos uma seleção junto à Saúde Univates e disponibilizamos cinco vagas. Recebemos apenas duas inscrições”, lamentou o secretário.

Enquanto a situação não é resolvida, o que se espera para o decorrer de novembro, a Secretaria de Saúde tem feito ajustes nos atendimentos das oito unidades básicas, com rodízio de médicos. A intenção é evitar que a população fique desassistida.

Na principal cidade da região, o quadro também é observado, embora em menor escala. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Lajeado, o município está à procura de dois médicos: um ginecologista e um psiquiatra que estejam interessados em trabalhar em tempo integral.

Uma seleção também segue aberta por meio da universidade. A busca já dura quatro meses. Salários não foram divulgados. Enquanto isso, a saída tem sido adaptar as escalas para atender a demanda, em moldes semelhantes aos de Teutônia. Demais funções não apresentam problemas.

“Boas condições de trabalho”

Em nota, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, afirmou que a entidade atua em todo o Estado para garantir uma assistência adequada para a população e a própria valorização da categoria. Sobre os desafios enfrentados pelas prefeituras no âmbito da contratação, o mandatário elenca fatores capazes de influenciar o quadro.

“As boas condições de trabalho, remuneração justa, segurança e estabilidade são os principais fatores levados em conta pelo profissional na hora que ele decide onde vai ser exercer a atividade. Por isso, é importante haver um alinhamento de cada um desses tópicos”, completa Matias.

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