7 filmes para assistir no Halloween

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7 filmes para assistir no Halloween

De continuações de clássicos a obras escondidas em serviços de streaming, nossa lista fará você se assustar e rir

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7 filmes para assistir no Halloween
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

No próximo domingo (31), é celebrado o Halloween, ou, o Dia das Bruxas, como é conhecido no Brasil. Com origem nos EUA, a data cresce no país na medida que o consumo se globaliza e a cultura pop, cada vez mais, influencia nossa formação cultural.

Um dos principais responsáveis por isso é o cinema hollywoodiano e um dos gêneros mais populares da sétima arte: o horror. Por isso, para comemorar a data, preparamos uma lista com 7 filmes que prometem estar à altura desta celebração.

Confira:


Halloween (2018)

(Foto: Divulgação/Universal)

Em 1978, foi lançado o filme que definiu o formato de um subgênero, o slasher – um assassino com arma branca persegue adolescentes sedentos por “transgressões” morais e poupa, no final, a garota virginal. No caso, “Halloween”, que revelou pela primeira vez a jornada de Michael Myers, a “encarnação do mal”.

Sucesso de crítica e público, quarenta anos depois o assassino da máscara pálida e inexpressiva ganhou uma franquia, alguns filmes bons e diversas sequências sofríveis. Contudo, em 2018, a dupla de roteiristas David Gordon Green e Danny McBride decidiram esquecer todos os nove filmes anteriores e contar uma nova história, focada em continuar a trama do filme original.

No novo “Halloween” (2018), o alvo está em Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), que teve sua vida dilacerada pelo trauma de ser a sobrevivente do massacre protagonizado por Myers. Contudo, quando Michael reaparece, o filme muda o olhar comum deste tipo de narrativa. Não é o assassino que caça a vítima. É Laurie que caça Michael.

Há tensão, sustos e, claro, mortes. Porém, a capacidade de explorar o trauma, superação e, até, empoderamento feminino, fazem deste episódio da franquia uma excelente pedida para a data. O filme ganhou uma continuação, “Halloween Kills”, que recém estreou nos cinemas.

Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV, YouTube Filmes e Google Play.

Assista ao trailer:


A Bruxa (2015)

A Bruxa” (2015), de Roger Eggers, já provoca o espectador quando reverte um jumpscare – o “buh” que o susto promove – que se desenhava ainda no primeiro ato do filme. O objetivo é claro: definir que você deve abrir mão do que conhece sobre o gênero.

Na trama, uma família puritana do século XVII, que se estabeleceu na Nova Inglaterra, nos EUA, é expulsa de sua comunidade devido ao fanatismo religioso do pai. Isolados em uma mata que nada produz, eles começam a ser assombrados pela presença de uma bruxa após o filho mais novo desaparecer.

A partir disso, acompanhamos a ruína da família a partir do olhar da filha mais velha, Thomasin (Anya Taylor-Joy, da série “O Gambito da Rainha“, da Netflix). Inspirado em relatos reais do período histórico, o filme estica a corda e a tensão pelo fato de manter o espectador, assim como os personagens, sem entender o que está acontecendo.

No final, se ergue a metáfora sobre o cerceamento religioso e como o amadurecimento e autonomia da mulher ainda incomoda a sociedade.

Onde assistir: Globoplay, Telecine, YouTube Filmes, Google Play e Apple TV.

Assista ao trailer:


Hereditário (2018)

Um dos aspectos que mobiliza o fã de cinema de horror é a farsa, a possibilidade de ter uma experiência de terror sem necessariamente estar exposto ao risco que a cena apresenta. Estimular isso não é tão difícil, mas o que “Hereditário” (2018), filme de estreia de Ari Aster, provoca é a tomada de consciência desta encenação.

A partir da morte da avó, uma família de classe média entra em um espiral de luto e loucura. Os traumas, mágoas e segredos sustentados pelo cinismo cotidiano apresentados na primeira metade da obra vão desencadear uma jornada  aterrorizante que envolve misticismo, religião e demonologia.

Todavia, o filme está mais focado em explorar, através do exagero, o medo que pode nascer a partir de uma observação honesta das banalidades que formam a vida. Um assassino com arma branca dá medo? Dá. Porém, a consciência de que, às vezes, a loucura está dentro da própria família pode assustar ainda mais.

Onde assistir: Amazon Prime, HBO Max, Apple TV e Google Play.

Assista ao trailer:


O Que Ficou Para Trás (2020)

Outro elemento que torna o cinema de gênero tão rico é como ele serve de metáfora para os medos contemporâneos. Um filme nunca está à frente do seu tempo. Ele é o exato produto de um tempo. Num período onde o terror social ganha cada vez mais espaço nas telas, o drama vivido por imigrantes não poderia passar em branco. É o caso de “O Que Ficou Para Trás” (2020).

A trama acompanha o casal Rial (Wunmi Mosaku, da série “Lovecraft Country”) e Bol (Sope Dirisu), que fogem do Sudão do Sul, na África, em direção à Inglaterra. Nesta jornada, há uma série de eventos que marca o casal profundamente. Quando, enfim, são transferidos de um centro de acolhimento para uma moradia provisória em terras britânicas, o conto da casa mal-assombrada ganha corpo.

Mais do que a convenção dos sustos, o filme serve como metáfora para pensar sobre traumas, culpa, preconceito, territorialismo e ancestralidade. No fim, é uma experiência de medo e beleza.

Onde assistir: Netflix.

Assista ao trailer:


Host (2021)

Desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020, as reuniões e chamadas de vídeo se tornaram uma rotina. Essa nova dinâmica já tem sido problematizada por diversas áreas da ciência. E o cinema não ficaria fora deste debate. E o filme “Host” (2021) – ou “Cuidado Com Quem Chama”, no Brasil –, gravado no auge da pandemia de forma remota, leva isso ao limite.

E esta corda esticada está expressa tanto na questão proposta pela trama – e se numa conversa entre amigas um espírito maligno passasse a atormentar o grupo, ainda que elas estivessem a quilômetros de distância? – quanto na forma, já que o filme tem apenas 55 minutos, o tempo de duração de chamada de Zoom, e divide a tela pelo número de personagens, exatamente como na plataforma.

No final, “Host” é uma obra de catarse. Há muitos sustos e todos eles acontecem de formas inventivas. O projeto experimental, de baixo orçamento e atores desconhecidos é uma das coisas boas que a pandemia inspirou.

Onde assistir: Netflix e Apple TV.

Assista ao trailer:


História do Oculto (2020)

Na contínua crise vivida na Argentina, é compreensível que o medo esteja muito relacionado à política. E isso está representado no plot do filme “História do Oculto” (2020): o presidente do país é satanista e tem um pacto que destruirá o futuro.

Se levarmos em conta que a trama se passa em 1986, é facilmente observável o quanto essa obra é uma alegoria política contemporânea. Afinal, há um extenso debate, literal e simbólico, sobre não esperar a próxima eleição para se fazer o que é certo. No caso da trama, derrubar o presidente.

É um filme que acerta na tensão, na construção do suspense, com um formato 3:4 que emula televisão analógica e potencializa a urgência do seu tema – principalmente porque ele acontece durante um programa jornalístico chamado “60 Minutos Antes da Meia-Noite”, que parece muito os programas brasileiros de simulação policial do final dos 1990.

Onde assistir: Netflix.

Assista ao trailer:


O Que Fazemos Nas Sombras (2014)

O horror permite uma diversidade de recortes e enquadramentos criativos. Por exemplo, se em vez de assustar, ele fizer rir? Se em vez de vilanizar, ele fizer compreender? É o caso de “O Que Fazemos Nas Sombras” (2014), um falso documentário que investiga, acredite, uma república de vampiros na Nova Zelândia.

Dirigido e estrelado por Taika Waititi – conhecido por filmes já cults, como “Jojo Rabbit” e “Thor: Ragnarok” – e Jemaine Clement, a obra faz referência a diversos títulos tradicionais e vampiros famosos da cultura pop, além de levar tudo a níveis absurdos de sátira. Afinal, como vampiros imortais que nasceram há séculos se adaptam ao século XXI?

O filme ri de todos os clichês estabelecidos sobre vampiros, como não poderem ver crucifixos, terem que ser convidados para entrar em algum lugar e, até, por poderem hipnotizar as pessoas. No final, é uma obra que ilustra todo o potencial do cinema de gênero.

Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV e YouTube Filmes.

Assista ao trailer:

 

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