Retomada de eventos anima empreendedores do setor

Arroio do Meio

Retomada de eventos anima empreendedores do setor

Empreendedores do segmento consideram altos os custos dos serviços que demandam um evento

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Atualizado quinta-feira,
28 de Outubro de 2021 às 19:47

Retomada de eventos anima empreendedores do setor
Aline Noll Majolo, proprietária da Aline Majolo Eventos, afirma estar difícil de atender todos os clientes. (Foto: Arquivo Pessoal)
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Antes da pandemia, o setor de eventos movimentava em nível nacional, por ano, em torno de R$ 900 bilhões. Com a chegada da covid-19 e as restrições impostas, o setor amargou uma queda brusca de valores.

O quadro tende a ter uma reversão com as diminuições das restrições e a liberação, ainda que controlada, dos eventos. “Tínhamos uma previsão de que a volta seria muito boa, mas estou me surpreendendo com o retorno e a procura por novos eventos”, afirma a organizadora de eventos, Elisabete Carolina Gasparotto.

Atuando na mesma área, Aline Noll Majolo também prospecta para os dois próximos meses e para 2022 agenda cheia, tanto de eventos que foram remarcados e outros novos. Do ramo da alimentação, Paulo Farias também comemora a volta. “Até o final do ano estamos com a agenda praticamente lotada.”

Agenda fechada

A empresa Casei com Elas, de Elisabete Carolina Gasparotto, permaneceu parada por um ano e seis meses. A retomada animou o setor e está surpreendendo pelo número de contatos e contratos que estão sendo fechados. “As perspectivas para o próximo ano são gigantes e esperamos poder recuperar tudo que ficou pra trás”, avalia a organizadora de eventos, apontando o surgimento de novos modelos de eventos e uma pressa, que não se tinha antes, para realizar e comemorar estes momentos únicos com a família e amigos. “Para este ano minha agenda está fechada e para 2022 bastante comprometida devido aos adiamentos e novos eventos que fechamos durante a pandemia.” Elisabete aconselha que quem sonha casar no próximo ano que entre em contato com os fornecedores o mais breve possível, pois não haverá datas disponíveis, na cadeia que envolve o setor.

Tirando o atraso

A empresa Aline Majolo Eventos inativa por um ano e cinco meses, em função da pandemia, percebe boas perspectivas nestes dois meses do 2021 e no primeiro semestre do 2022. “Temos muitos eventos a serem cumpridos e outros que foram reagendados”, pondera a organizadora. Referindo-se especificamente a este período, Aline tem a impressão que as pessoas perceberam que podem voltar a se planejar, se programar. “Está bem difícil de atender todos os clientes, visto que muitos adiaram seus eventos e outros estavam em ritmo de espera para ver como se desenhava o cenário em relação à pandemia.”

Estruturada para realizar anualmente de 40 a 50 eventos grandes, Aline avalia perdas neste período com oito eventos cancelados, chegando, inclusive, a devolver valores. “Não temos como buscar o retorno deste mais de um ano perdido. Perdem-se eventos novos, pois não se tem datas disponíveis em função das remarcações. Nos próximos meses, praticamente, nos dedicaremos aos que já deveriam ter realizados suas festas em 2020 ou 2021.”

Expectativa em 2022

Paulo Cesar Farias, proprietário do Buffet PC, ficou mais de um ano sem realizar atendimentos em festas, atendendo a parte gastronômica. “O mercado de propriedade familiar me ajudou a sobreviver neste período difícil em que tive canceladas datas agendadas. Agora já estou atendendo a eventos pequenos, mas estou com minha agenda praticamente fechada para este ano”, revela Farias, também antevendo um 2022 mais próspero.

Aumento de custos

É unânime a opinião de Elisabete, Aline e Farias sobre a elevação de custos. Segundo Aline a demanda de eventos é muito grande e os valores, em função de diversos fatores, estão elevados. “Os fornecedores estão cautelosos, as equipes se desfizeram, estão enxutas. Hoje o grande problema é a falta de profissionais tendo em vista a demanda.”

O maior impacto está na área da gastronomia, em função do elevado custo da cesta básica, pondera o proprietário do Buffet PC. O aumento no ramo das flores também impactou. “Todos estes custos, consequentemente, serão repassados ao cliente” ressaltou Aline. “O investimento com os fornecedores estão sendo relativos ao aumento de todos os insumos, produtos e alimentação. Impossível não adequar e ajustar orçamentos diante deste cenário econômico”, avalia Elisabete.

Quanto aos protocolos de saúde, ainda exigidos, garantem que cumprem as leis municipais. “Os protocolos existem e fazemos, o máximo, para serem cumpridos dentro do que pede o regramento sanitário”, observa a empresária da Casei com Elas, tendo a concordância dos demais.

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