“A palavra que define todo esse  tempo é gratidão”

ABRE ASPAS

“A palavra que define todo esse tempo é gratidão”

Marlise Bauer, 65, é presidente da União Lajeadense de Clube de Mães. Sócia há 44 anos, destaca a importância de exercer o trabalho voluntário

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“A palavra que define todo esse  tempo é gratidão”
(Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

Quando você passou a integrar o clube de mães?

Eu me casei bem jovem, com 23 anos. Aí minha mãe disse que eu precisava integrar o clube de mães, já que também fiquei mamãe. Hoje faz quase 44 anos que sou sócia do Clube de Mães em Busca do Ideal, de Conventos. E nesse tempo eu aprendi muita coisa. Fiz muitas amizades, adquiri muitos conhecimentos, fiz cursos. Tudo o que eu pude aprender, eu aprendi lá. E estou no clube até hoje. Agradeço à minha mãe, por ela ter me levado lá.

Durante essas mais de quatro décadas, além de sócia, você foi eleita “mãe do município”. Como foi essa escolha?

Primeiro eu fui escolhida para ser mãe do meu clube, em 2009. E no mesmo ano teve a eleição para mãe do município, que também participei. Na época a escolha era por currículo, e ficávamos por dois anos com o título. Nesse tempo eu fui convidada para muitos eventos.

Nesse currículo, quais requisitos eram avaliados?

Eles avaliavam conhecimentos em cursos, como de tricô, crochê, macramê, biscuit. E eu fiz muitos trabalhos durante a minha vida toda. O que estava ao meu alcance, eu fazia. Fiz muitas oficinas de culinária, aprendi muitas receitas. No total, eu tinha cerca de 50 certificados de cursos. Isso foi o que me deixou lá em cima. E eu era uma das sócias mais antigas do meu clube. Além disso, contavam pontos as atividades que eu fazia no meu clube. Sempre estive envolvida com tudo, eu nunca dizia “não”. Se tinha uma coisa pra fazer para o clube, eu participava.

E hoje você é presidente da ULCM. Como chegou a esse cargo?

Como a gente vivia muito juntas nos clubes, com muito amor e carinho, outras sócias achavam que eu tinha que assumir a presidência. Elas pediram, e eu aceitei. Na época, quem votava eram as presidentes dos clubes, cada clube tinha um voto.

Como você se sente fazendo parte deste movimento?

Hoje, ser presidente da ULCM significa gratidão para mim. Tenho muito amor e carinho por todas elas, as associadas de todos os clubes. Esse é um trabalho voluntário. E é também uma maneira de eu agradecer. É um agradecimento a Deus pela minha família, pelos meus filhos que estão bem, conseguiram estudar, estão com saúde. E agora estão chegando no fim esses dois anos. Não deu pra fazer muitas atividades por causa da pandemia, mas ainda temos tempo nesses últimos meses de nos vermos e reunirmos as amigas de anos. Esses dois anos foram a melhor coisa da minha vida. Foi algo maravilhoso. Conheci todos os bairros de Lajeado, conheci mais as pessoas, as histórias delas, as necessidades. Eu sempre tentei dar o máximo de amor e carinho para todas. É algo gratificante. Conheci pessoas que assim eu talvez não teria conhecido. Hoje a palavra que define todo esse tempo é gratidão.

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