Projeto atua em 31 escolas para estimular cultura de paz

programa Seja

Projeto atua em 31 escolas para estimular cultura de paz

Com conceitos da justiça restaurativa, enfrentamento à violência contra a mulher e comunicação não violenta, o programa Seja inicia na próxima semana e busca desenvolver habilidades socioemocionais nas crianças e adolescentes de Lajeado

Projeto atua em 31 escolas para estimular cultura de paz
Alunos terão apostilas com manual das atividades para acompanhar em aula e desafio da semana para fazer em casa (foto: Renata Lohmann)
Lajeado

Prevenir comportamentos violentos, uso de drogas, depressão e obesidade, e melhorar a qualidade de vida. Esses são os objetivos do programa Seja, que tem início na próxima semana para atender alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental de 31 escolas municipais, estaduais e particulares de Lajeado.

Lançado pelo Instituto Cidade Segura, em fevereiro do ano passado os professores iniciaram uma capacitação como parte do Pacto Lajeado Pela Paz, uma iniciativa da prefeitura e das forças de segurança pública e Justiça do município. Mesmo com as atividades suspensas durante a pandemia, a educação dos profissionais continuou.

De acordo com a coordenadora do programa, Priscilla Hasstenteufel, o Seja busca construir uma sociedade mais pacífica e reduzir a violência por meio da construção de habilidades socioemocionais. Entre elas está o autogerenciamento, tomada de decisões responsável, aprendizagem sobre as relações, consciência social e autoconhecimento.

A justiça restaurativa, o empreendedorismo e o enfrentamento à violência contra a mulher também são conceitos trabalhados pelo Seja. Além da comunicação não violenta e do diálogo colaborativo.

Segundo Priscilla, é comprovado que o desenvolvimento de habilidades socioemocionais promove o bem estar e a autoestima das crianças e adolescentes.

“Seu sentimento de pertencimento à escola e a melhora do desempenho acadêmico reduz a ansiedade e previne diferentes comportamentos de risco. Isso traz benefícios imediatos e a longo prazo para a vida dos jovens”, destaca a coordenadora.

Dentro das escolas

Os conceitos do programa serão trabalhados pelos professores em 20 sessões. Na próxima segunda-feira, o mascote do programa, o cachorro Bento, vai visitar as escolas participantes para iniciar as atividades.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental São João Bosco é umas das instituições no aguardo da visita do mascote. De acordo com o diretor Jeferson Eduardo dos Santos, o programa será aplicado pelo professor da disciplina de Ensino Religioso ou pelo professor titular de cada turma, com o respeito à realidade dos estudantes.

“Considero de grande importância a escuta ativa de cada aluno, sem julgamento, apenas ouvir os relatos, as necessidades, os anseios e preocupações, e poder direcionar uma melhor condição de entendimento dentro da escola”, ressalta o diretor.

Cada estudante terá apostilas com um manual ilustrado das atividades para acompanhar em aula e o desafio da semana para fazer em casa. Para os educadores, será entregue um manual com um guia descritivo de cada aula, com o passo a passo para a aplicação. Ainda, terão acesso a uma plataforma online com vídeos de cada uma das sessões do programa.

Para os alunos do 1ª ao 5º ano do Colégio Mellinho, a atividade será trabalhada na disciplina de Educação Socioemocional, presente na grade curricular. Do 6º ao 9º ano, a cada semana, um professor diferente vai trabalhar os temas com os alunos.

O diretor Vanderlei Kraemer destaca que mesmo antes da pandemia a direção percebeu a necessidade de pensar as questões socioemocionais no ambiente escolar. “Mais do que nunca precisamos parar e reservar um tempo para trabalhar as nossas emoções e o nosso equilíbrio mental”, ressalta. Ele acredita que o programa trará benefícios tanto para os jovens, suas famílias, comunidade e professores.

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