Após a interrupção de procedimentos eletivos, a diminuição das internações e casos ativos de covid-19 na região faz com que municípios reestruturem atendimentos.
Em Arroio do Meio, mutirão de cirurgias eletivas começa hoje. A estratégia visa desafogar a lista de espera. Em alguns casos, há pacientes que aguardam o procedimento faz cinco anos.
Em parceria com o hospital São José, o objetivo do governo de Arroio do Meio é atender mais de 200 pacientes até o fim deste ano. Para isto, disponibilizou R$ 600 mil às operações. O secretário da Saúde, Gustavo Kasper, destaca que os primeiros pacientes começaram a ser informados. “Já estamos chamando em torno de 20 pessoas para agendar a consulta”.
Algumas cirurgias datam de 2015 e 2016, mas a maior parte foi represada por causa da pandemia, quando o hospital ficou impedido de fazer procedimentos eletivos, diz o secretário. O maior número de procedimentos em espera são nas áreas da ginecologia (63), cirurgia geral (60) e urologia (33).
Kasper destaca que os recursos possibilitam ofertar as cirurgias para todos os pacientes na fila. De acordo com ele, 25% do orçamento do município é investido em saúde. “Nos esforçamos em busca de recursos por meio de emendas parlamentares. Algumas vão se confirmar ainda neste ano”, garante.
Após o mutirão, o município pretende atender com mais agilidade aos pacientes que entrem na fila em busca de procedimentos. “Acreditamos que a partir do ano que vem o tempo de espera para esses procedimentos se torne bem mais curto, dado que temos situações de pessoas esperando há anos”, pontua o secretário.
Lajeado começou em maio
Em Lajeado, a fila era de 580 pacientes adultos, a maioria para procedimentos de hérnia e retirada da vesícula (colecistectomia), e 116 pacientes para cirurgias gerais pediátricas (hérnia, postectomia e orquidopexia). A expectativa é reduzir a fila em 65% até dezembro deste ano.
O município repassou ainda no mês de abril, R$ 1,2 milhão para o mutirão de eletivas, em parceria com o Hospital Bruno Born. Na prática, foram compradas as cirurgias para serem feitas no HBB a partir de maio. De acordo com a diretora da Secretaria Municipal de Saúde, Leise Rocha, até o momento foram feitas 60 cirurgias.
Leise afirma que muitas das pessoas no aguardo não são encaminhadas para os procedimentos, o que diminui mais a espera. “Percebemos que muitos pacientes fazem a avaliação com o cirurgião geral na consulta pré-operatória e ele verifica que a cirurgia não é necessária. Estes são avaliados, mas não será concretizada a cirurgia.”