Mutirões tentam reduzir espera por cirurgias no Vale

Saúde

Mutirões tentam reduzir espera por cirurgias no Vale

Pandemia ocasionou acúmulo de procedimentos e municípios buscam diminuir as filas de espera. Arroio do Meio começa sua mobilização hoje, com pacientes no aguardo há quase cinco anos

Mutirões tentam reduzir espera por cirurgias no Vale
Cirurgias de baixa e média complexidade são retomadas por meio de parceria entre municípios e casas de saúde (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

Após a interrupção de procedimentos eletivos, a diminuição das internações e casos ativos de covid-19 na região faz com que municípios reestruturem atendimentos.

Em Arroio do Meio, mutirão de cirurgias eletivas começa hoje. A estratégia visa desafogar a lista de espera. Em alguns casos, há pacientes que aguardam o procedimento faz cinco anos.

Em parceria com o hospital São José, o objetivo do governo de Arroio do Meio é atender mais de 200 pacientes até o fim deste ano. Para isto, disponibilizou R$ 600 mil às operações. O secretário da Saúde, Gustavo Kasper, destaca que os primeiros pacientes começaram a ser informados. “Já estamos chamando em torno de 20 pessoas para agendar a consulta”.

Algumas cirurgias datam de 2015 e 2016, mas a maior parte foi represada por causa da pandemia, quando o hospital ficou impedido de fazer procedimentos eletivos, diz o secretário. O maior número de procedimentos em espera são nas áreas da ginecologia (63), cirurgia geral (60) e urologia (33).

Kasper destaca que os recursos possibilitam ofertar as cirurgias para todos os pacientes na fila. De acordo com ele, 25% do orçamento do município é investido em saúde. “Nos esforçamos em busca de recursos por meio de emendas parlamentares. Algumas vão se confirmar ainda neste ano”, garante.

Após o mutirão, o município pretende atender com mais agilidade aos pacientes que entrem na fila em busca de procedimentos. “Acreditamos que a partir do ano que vem o tempo de espera para esses procedimentos se torne bem mais curto, dado que temos situações de pessoas esperando há anos”, pontua o secretário.

Lajeado começou em maio

Em Lajeado, a fila era de 580 pacientes adultos, a maioria para procedimentos de hérnia e retirada da vesícula (colecistectomia), e 116 pacientes para cirurgias gerais pediátricas (hérnia, postectomia e orquidopexia). A expectativa é reduzir a fila em 65% até dezembro deste ano.

O município repassou ainda no mês de abril, R$ 1,2 milhão para o mutirão de eletivas, em parceria com o Hospital Bruno Born. Na prática, foram compradas as cirurgias para serem feitas no HBB a partir de maio. De acordo com a diretora da Secretaria Municipal de Saúde, Leise Rocha, até o momento foram feitas 60 cirurgias.

Leise afirma que muitas das pessoas no aguardo não são encaminhadas para os procedimentos, o que diminui mais a espera. “Percebemos que muitos pacientes fazem a avaliação com o cirurgião geral na consulta pré-operatória e ele verifica que a cirurgia não é necessária. Estes são avaliados, mas não será concretizada a cirurgia.”

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