O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicou estudo que mostra acumulo de 25% no preço da cesta básica em um ano. Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, a economista do órgão, Daniela Sandi, repercutiu o assunto.
Essa elevação traz dificuldade de acesso aos itens essenciais para pessoas que perderam o poder de compra. “Muitos produtos se tornaram de luxo para a população, o que significa que temos menos comida no prato e mais fome”, pontua.
A inflação nos alimentos afeta a população de menor renda, pois isso exige um maior desembolso. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tinha papel de, em momentos como esse, entrar com o estoque para aumentar a disponibilização do produto e reduzir o preço. Mas, isso não existe mais.
“Os preços nesse curto prazo vão continuar pressionados”, diz. Isso acontece devido ao valor que se mantém o câmbio, demanda, aumento das exportações, estoques públicos zerados e combustíveis.
Daniela explica que mesmo o auxílio emergencial que poderia fazer um alento para essa 14 milhões de pessoas que perderam o emprego, ele garante nem metade dos itens básicos para a população.
Ouça a entrevista na íntegra
