Cerca de 15,1 mil pessoas do Vale do Taquari estão no prazo para receber a 2ª dose da Coronavac, de acordo com dados da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde. Isso porque elas já completaram o intervalo de 28 dias desde a aplicação da 1ª dose do imunizante. Mas, para isso, elas aguardam a chegada de novos lotes, já que as vacinas deste fabricante estão em falta em todo o estado.
Neste final de semana o Rio Grande do Sul recebeu uma nova remessa de Coronavac: 22,8 mil doses. Esses imunizantes devem ser distribuídos nesta terça-feira, 4, com as 7,2 mil doses enviadas durante a última semana. No total, são 31,7 mil doses do fabricante para serem distribuídas.
Porém a quantidade é suficiente para vacinar menos de 7% dos gaúchos em atraso com a 2ª dose, que já completaram o intervalo de 28 dias, já que no RS o déficit vacinal chega a 464,7 mil pessoas.
Na região, o planejamento nos maiores municípios, quanto à prioridade de aplicação das vacinas, segue uma mesma estratégia: aquelas pessoas que estão mais atrasadas, ou seja, que receberam a 1ª dose há mais tempo, fazem a aplicação da 2ª dose por primeiro.
De acordo com os órgãos de saúde, quem tomou apenas a primeira dose não é considerado imunizado. A primeira dose estimula o sistema imunológico, mas o benefício da proteção só é percebido depois da segunda dose. A imunização é considerada apenas duas semanas após a aplicação da última dose do imunizante. Além disso, as pessoas que passaram do período exato de fazer a segunda dose, devem mesmo assim buscar a imunização de reforço assim que disponíveis.
Ritmo acelerado
Por outro lado, a chegada de uma nova remessa de vacinas Astrazeneca possibilita acelerar o processo de imunização das pessoas com comorbidades, além de terminar a vacinação dos idosos. Nesta terça-feira, 4, o Estado distribui 458,6 mil doses do imunizante fabricado na Fiocruz. Estas serão todas aplicadas na primeira dose do grupo das comorbidades.
Esse lote, aliado à remessa recebida na última quinta-feira, 29, quando foram distribuídas 308 mil doses, possibilitam a ampliação da imunização de comorbidades para a fase 2 do grupo: gestantes e puérperas maiores de 18 anos, independente de condições pré-existentes; pessoas com comorbidades de 40 a 53 anos; e pessoas de 40 a 54 anos com deficiência permanente cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Vacinas da Pfizer
O estado também recebeu 32,7 mil doses da Pfizer/Biontech. Elas serão distribuídas apenas em Porto Alegre e também serão utilizadas para avançar a imunização do grupo das comorbidades. O imunizante será utilizado apenas na capital por questões de logística e conservação.
A Comirnaty (nome comercial da vacina) precisa ser mantida congelada a uma temperatura de -80°C e tem validade de seis meses. Para transporte, será distribuída em caixa com gelo seco, onde pode ficar armazenada por até 30 dias. Ainda pode ser mantida por até 14 dias a -20ºC e no máximo cinco dias refrigerada entre 2°C e 8°C, no momento em que já se encontrar nos postos de saúde. Quando for levada às geladeiras comuns ou refrigeradores, não poderão ser congeladas novamente.
Para o esquema vacinal completo, serão necessárias duas doses com um intervalo de 21 dias ou mais.
Ministro promete vacinar 100% da população em 2021
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que toda a população brasileira pode ser vacinada em 2021. “Estamos muito entusiasmados com a perspectiva de vacinar toda a nossa população até o final do ano. Isso é plausível”, disse Queiroga durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira, 3.
O ministro ressaltou que a prioridade do governo será a vacinação contra a covid-19 ainda em 2021 de todos os brasileiros. Foram contratadas até o momento mais de 530 milhões de doses de imunizantes, de diferentes fabricantes. De acordo com Queiroga, o Executivo busca ampliar a vacinação, mas enfrenta a falta de doses que afeta todo o mundo.