Além da pandemia, Lajeado também precisa lidar com um novo problema: o aumento nos focos do aedes aegypti. A identificação de quatro casos suspeitos de dengue nesta semana deixa o município em estado de alerta, reforçando a necessidade de medidas preventivas para evitar um surto da doença.
Os casos passam por avaliação e ainda necessitam dos exames confirmatórios, o que deve levar cerca de duas semanas. De acordo com a Vigilância Ambiental de Lajeado, o alerta é reforçado principalmente para moradores dos bairros Campestre, Jardim do Cedro e São Cristóvão, onde foram identificados os casos recentes suspeitos.
O Aedes aegypti é um mosquito urbano e 80% dos seus focos são encontrados no ambiente domiciliar, em pontos de água parada. “Nas próximas semanas as ações do órgão estarão voltados para áreas próximas às moradias dos casos suspeitos, com o objetivo de inviabilizar os criadouros”, destaca a coordenadora da Vigilância Ambiental, Catiana Lanius.
Entre as principais ações estão as visitas domiciliares que visam eliminar criadouros e orientar sobre as atitudes de cada residente no combate ao mosquito e as pesquisas para execução do Levantamento de Índice Rápido para Aedes (LIRAa). Este levantamento é feito de três em três meses e tem o objetivo de apontar as áreas do município com maior abundância.
Desde o início do ano, já foram encontrados 109 focos do mosquito nas visitas domiciliares realizadas pelos Agentes de Combate às Endemias de Lajeado. Entre janeiro e fevereiro, três casos suspeitos da doença no município foram descartados após a conclusão dos exames.
Sintomas em comum
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Demarchi, lembra que a situação exige cuidado sobretudo pelo período de alta da covid-19 na cidade, e que há sintomas em comum das duas doenças.
“Precisamos estar ainda mais atentos porque os sintomas da dengue se confundem com os da Covid-19. E a dengue também pode evoluir para formas graves. Por isso pedimos a atenção de toda a comunidade para um esforço conjunto de eliminar os focos do mosquito”, salienta.
Agentes ampliam ações em Bom Retiro
Nos últimos dias, a Vigilância Sanitária de Bom Retiro do Sul e as agentes comunitárias de saúde ampliaram as ações de prevenção nos bairros. O município conta com um caso confirmado de dengue e outros três suspeitos. São todos moradores de uma mesma rua. Como o caso confirmado é de um teste rápido, uma nova coleta foi realizada.
As ações consistem em visitação às residências no município com ações para conter a proliferação das larvas do mosquito transmissor. Na última semana, as ações ocorreram em três bairros onde foram identificados possíveis focos. Em muitos locais, foram encontrados recipientes com água acumulada, como potes, plásticos e vasos de flor.
Os principais sintomas da dengue
- Febre alta, maior que 38,5ºC
- Dores musculares intensas
- Dor ao movimentar os olhos
- Mal estar
- Falta de apetite
- Dor de cabeça
- Manchas vermelhas no corpo
Centro de Operações
- Devido à confirmação de casos de dengue e chikungunya no Estado, a Secretaria de Saúde autorizou a criação de um Centro de Operações de Emergências (COE) das arboviroses, doenças virais transmitidas por mosquitos.
- O COE auxiliará os municípios por meio de capacitações de vigilância, reuniões, sensibilização a rede de atenção à saúde quanto à vacina da febre amarela, diagnóstico correto e da notificação oportuna.
- Somente de chikungunya, na última semana, foram confirmados 43 casos no município de São Nicolau. Destes, 30 são de pacientes contaminados em território gaúcho (autóctones).
