Caso de dengue em Bom Retiro do Sul coloca região em alerta

Mosquito Aedes aegypti

Caso de dengue em Bom Retiro do Sul coloca região em alerta

Um caso foi confirmado e outros três pacientes suspeitos aguardam retorno de exames. Todos são moradores da mesma rua no bairro San Diego

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Caso de dengue em Bom Retiro do Sul coloca região em alerta
Agentes sanitários vistoriam cemitérios como prevenção ao mosquito da dengue (Foto: Divulgação/Fernando Dias)
Vale do Taquari
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Um caso de dengue confirmado e outros três suspeitos. Todos moradores de uma mesma rua em Bom Retiro do Sul. Até o momento, não se sabe onde as pessoas podem ter sido picadas por um mosquito Aedes aegypti portador do vírus da dengue. Ou seja, se a contaminação aconteceu dentro no município, ou se algum dos casos contraiu a doença em outro local.

A partir das suspeitas, o município iniciou um trabalho de orientação e identificação de focos. Por primeiro, foi feita a vistoria de locais próximos às residências dos munícipes suspeitos de contaminação. Depois, equipes realizaram a vistoria de pontos estratégicos da cidade, a fim de eliminar possíveis locais com acúmulo de água, que potencializam a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

“É a única coisa que temos a fazer nesse momento. Vistoriar e orientar a população. Fomos em locais públicos, como praças e cemitérios, como forma de prevenção”, explica Carlos Dullius, assessor de gestão pública e governança.

Nos cemitérios, por exemplo, foram vistoriadas todas as sepulturas. Em algumas, as equipes encontraram plásticos e recipientes com acúmulo de água. Em outras, foram encontradas larvas. Após a coleta do material, a água acumulada foi removida.

Além dessas ações, Bom Retiro também trabalha na distribuição de água sanitária e na compra de um produto biológico que não agride o meio-ambiente e a saúde das pessoas, como maneiras de combate à larva e ao mosquito adulto.

Aumento de mosquitos em Lajeado

Moradores de diversos bairros de Lajeado têm relatado nas redes sociais o aumento de mosquitos nas suas residências. A bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental de Lajeado, Catiana Lanius, explica que a situação é resultado da soma do clima de calor e chuvas e do descuido das pessoas.

Uma das alternativas existentes para a eliminação do mosquito adulto infectado com o vírus é, segundo Catiana, a nebulização de inseticida nas áreas de circulação do inseto. No entanto, ela deve ser realizada em conjunto com as demais ações de eliminação de criadouros. Assim, é possível se ter o efeito desejado de controle da doença.

“A aplicação de inseticidas é adotada seguindo critérios do Ministério da Saúde, porque a nebulização não é seletiva e promove a eliminação de outros insetos que também estão no ambiente. Além do impacto ambiental, outra desvantagem do seu uso é que pode tornar os mosquitos resistentes ao produto”, explica.

Pandemia atrapalha monitoramento

O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) ocorreu no mês de dezembro, quando foram encontrados 25 focos em dez bairros de Lajeado. O próximo estava programa para ser realizada em março, mas não foi feito devido à pandemia.

Mesmo assim, agentes de combate a endemias realizam ações semanais focadas na prevenção. Os profissionais visitam as residências dos bairros que registraram focos do mosquito no último LIRAa, onde eliminam pontos de água acumulada e repassam dicas para os moradores.

“Outra atividade realizada pelo município é a visita quinzenal a alguns pontos estratégicos. As atividades desempenhadas, por exemplo, em ferros velhos, depósitos de sucatas, borracharias, e cemitérios são propícias ao acúmulo de água, que pode se transformar em criadouros”, explica Catiana Lanius.

Neste ano, foram registrados três focos do mosquito. Depois de análises de amostras das larvas, foi constatado que nenhum deles seriam de mosquitos já infectados com os vírus da Dengue, Zika ou Chikungunya.

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