O Ministério Público (MP) de Lajeado esteve em reunião, na tarde da quarta-feira,7, com representantes da comunidade do bairro Santo Antônio e da Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan).
Em fevereiro, mais de cem moradores do bairro processaram a estatal por quedas no abastecimento d’água e supostas cobranças abusivas.
Para o promotor Sérgio Diefenbach, o caso ainda está em fase de compreensão para o MP.
“O objetivo não é fazer nenhuma intervenção nos processos judiciais em andamento . Mas sim verificar o interesse, os problemas da comunidade e a possibilidade de iniciar um diálogo com a Companhia”.
Para o gerente da Corsan no município, Alexsander Pacico, o início do diálogo foi tranquilo. A empresa se comprometeu em mostrar um levantamento do serviço no bairro.
“Nós vamos apresentar para o MP quais foram as residências que tiveram instabilidade no abastecimento da água”, promete Pacico.
Conforme ele, “o problema do bairro Santo Antônio foi 100% resolvido”, e as ações são relativas a um período anterior ao funcionamento do poço artesiano, inaugurado em 22 de janeiro.
Início de diálogo
“Conversamos hoje para evoluirmos”, disse o promotor Sérgio Diefenbach. Nos próximos dias, o MP deve marcar uma nova data para o debate continuar.
O advogado Daniel Fontana é responsável por mais de cem processos contra a companhia. Ele espera novos encontros para ampliar a discussão.
“Foi o início de uma conversa. Foi bem profícuo. A ideia é continuar conversando, a Corsan está disposta. A intenção deles é solucionar todos os problemas e cumprir com a responsabilidade social da empresa”, comenta Fontana.
O abastecimento de água de lares do Santo Antônio foi afetado por diversas questões. Há problemas estruturais nas construções dos condomínios Novo Tempo 1 e 2, o que prejudicou a rede do bairro. Uma máquina da prefeitura também teria estragado uma tubulação.
Alguns moradores relatam falta de água, em janeiro, ao mesmo tempo em que havia aumento nas contas.
O advogado tem a expectativa de que os processos possam resolver os problemas envolvendo o abastecimento de água do local.
“A ideia é transformar essa ação em uma ação coletiva para atender toda demanda da região”, espera Daniel Fontana.
Outra situação que pode ser abordada é a regularização de algumas residências que não teriam uma bomba hidráulica própria.