Três dias após acatar os apelos de prefeitos, o governador Eduardo Leite bateu o martelo na quinta-feira, 25, pela suspensão do sistema de cogestão. Apesar das divergências com alguns presidentes de associações regionais, que defendiam a manutenção do modelo, o chefe do executivo estadual seguiu a orientação do Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento à Pandemia à covid-19.
Ciente de que o RS vive um momento sem precedentes, com o colapso do sistema de saúde, Leite chegou a abrir a discussão com os prefeitos para tomar uma decisão conjunta durante a reunião realizada durante a tarde com as associações regionais, mas foi irredutível pela suspensão.
“Em dezembro, numa situação bem menos grave que a atual, decidimos conjuntamente pela suspensão da cogestão. Esse momento exige a adoção dos protocolos da bandeira preta. Precisamos dar um duro golpe nesta taxa de contágio do vírus”, comentou.
A medida entra em vigor a partir deste sábado e vale até o outro domingo, 7 de março. Com isso, o Vale do Taquari adotará, pela primeira vez desde o começo da pandemia, as regras mais restritivas no funcionamento das atividades, previstas no modelo de distanciamento controlado.
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A próxima rodada do distanciamento controlado será divulgada na tarde desta sexta-feira, 26, mas Leite já adiantou que a tendência é de todas as regiões serem classificadas com risco gravíssimo de contaminação. “O agravamento da pandemia inevitavelmente colocará todo o Estado em bandeira preta”, projetou o governador.
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