Tu planejas vencer em 2021?

Opinião

Albano Mayer

Albano Mayer

Administrador de Empresas, Empresário, Consultor e Assessor de Gestão

Entusiasta do tema liderança

Tu planejas vencer em 2021?

Lajeado

Quando iniciei minhas atividades na gestão, por volta dos anos 90, uma das minhas primeiras demandas foi uma consultoria em Planejamento Estratégico, assunto que ainda leva muitas organizações a contratar consultorias que, por meio de metodologias, ajudam a definir filosofias e propósito, mapear ações, antecipar algumas demandas futuras e com isso definir planos e indicadores.

Lembro de uma das minhas primeiras discussões, em uma consultoria, com um grande empresário do ramo calçadista, que me explicava: “Na minha empresa não adianta fazermos planejamento estratégico, nosso mercado muda muito rápido”. A minha resposta no mesmo momento: “Em empresas onde o mercado muda rápido precisamos ter sempre planos alternativos, se faz necessário um ótimo planejamento estratégico”.

O ano de 2020 colocou em teste a nossa capacidade de resiliência, essa habilidade de nos reerguermos frente aos problemas que podem aparecer, testou nossos planos alternativos e nossa adaptação. Nos deixou um grande aprendizado sobre as reflexões que devemos ter frente às nossas convicções, desta forma também nos fez repensar o que deve ser planejado, quais são as ações prioritárias, quais os projetos mais efetivos e o que realmente podemos controlar.

Ao entrarmos no mercado de trabalho, na posição de empreendedores ou funcionários, iniciamos uma grande competição, competimos por nossas carreiras e nossos objetivos, os resultados afetam diretamente as nossas vidas. O interessante é que por diversas vezes vemos competições sendo vencidas por excelentes planejadores e estrategistas, mas raramente paramos para pensar no nosso plano pessoal e nosso legado.

Além de sensibilizar, preciso dar algumas dicas nesse artigo. Ao planejarmos, devemos descrever os planos ou as ações que estamos pensando em desenvolver, é necessário deixar isso registrado para que possamos avaliar e aprender no futuro. Devemos estudar cenários e futurologia, analisar as coisas que podem dar certo ou errado nas nossas estratégias ou no mercado que estamos atuando e, por final, sempre devemos ter um plano alternativo – o tão falado plano “B”.

No nosso planejamento precisamos estabelecer pontos de controle. Para cada ação pensada precisamos definir indicadores, metas e as “linhas de chegada”. Se vamos estudar um idioma, temos que definir qual, em que prazo, qual a minha meta de aprendizado e qual o investimento necessário. Cabe ressaltar que estes pontos devem ser conferidos e acompanhados no mínimo mensalmente, sugiro colocar isso na sua agenda e executar essa atividade na data definida.

Além dos itens acima, todo planejamento requer recursos. Isso quer dizer que um bom estrategista sabe controlar e combinar os seus recursos, sejam eles humanos ou financeiros. Este processo começa com um bom mapeamento da minha capacidade de investir e agir, isso será um ponto impulsionador ou limitante de toda a minha estratégia.

Para Michael Porter, “estratégia é fazer escolhas, sendo que a essência é escolher o que não fazer.” Lembre-se as ações e estratégias devem sempre estar ligadas ao seu propósito e legado.

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