2021 deverá ser melhor que 2020. Em resumo, essa é a percepção de quatro economistas entrevistados no programa Negócios em Pauta da manhã de hoje. A expectativa é que a chegada das vacinas e fim da crise epidemiológica faça com que a economia cresça no ano que iniciou na sexta-feira.
Economista sênior da CNC, Fábio Bendes projeta um crescimento nacional de 3,4% para o próximo ano. Essa porcentagem depende da velocidade da vacinação e possibilidade de um novo choque na cadeia produtiva. “2021 dificilmente será tão negativo quanto 2020”, pondera.
Uma aceleração econômica também é aguardada pelo economista da Fiergs, André Nunes de Nunes. Conforme ele, a economia brasileira já estava em ascensão nos últimos três anos e acabou sendo freada pela pandemia.
O economista ressaltou a importância dos auxílios econômicos, entretanto percebe que não será possível mantê-los em 2021. Essa é uma das preocupações para o futuro ao lado do crescimento da dívida ativa brasileira. “Em seis meses de auxílio emergencial se gastou 10 anos do bolsa família (R$ 300 bilhões)”, relacionou.
Para a economista da Fecomércio, Patrícia Palermo, o ano de 2020 foi tão atípico que houve setores que se beneficiaram com a pandemia, enquanto outros foram severamente prejudicados. Para diminuir os impactos da pandemia, a Fecomércio realizou cursos com empreendedores para capacitá-los na retomada econômica.
Na região, os impactos da pandemia foram menores em função da matriz produtiva focada no setor alimentício. Essa é a avaliação da economista e professora da Univates, Fernanda Sindelar.
Conforme ela, a falta de alimentos e mudanças nos padrões de consumo acarretou até em ganhos para setores voltados à agroindústria. Cita como exemplo as empresas que exportam carne que acabaram ampliando as vendas devido a outros países que tiveram queda na produção.
Ouça o programa na íntegra: