Dois meses atrás, no dia 10 de setembro, escrevi a coluna “Chegou a hora de Renato?” falando sobre o momento vivido na época pelo Grêmio. Na ocasião, o Tricolor passava por uma das piores fases desde que o seu maior ídolo assumiu a casamata, quatro anos atrás. Eram seis jogos sem vitórias. Apontei os problemas, e não eram poucos, e respondi o questionamento. Não, não era a hora de Renato deixar o Grêmio. Acreditava que Romildo pensasse o mesmo, e pensa. Bom para o Tricolor.
Passada a pior fase enfrentava por Renato desde que assumiu o time, o Grêmio já vive uma das melhores. São 14 jogos de invencibilidade. 12 vitórias e dois empates. 23 gols marcados e apenas 8 sofridos. Só para ter noção, o time fechou novembro com 92% de aproveitamento.
O Grêmio se credencia hoje como possível postulante a tudo que joga na temporada. Já venceu o Gauchão, está na semifinal da Copa do Brasil, praticamente classificado para as quartas de final da Copa Libertadores, e até mais, passa a sonhar também com o Campeonato Brasileiro.
Obviamente é praticamente impossível vencer as três competições. Mas o horizonte aponta algo positivo para o Grêmio. O Brasileirão é difícil, Flamengo, Atlético-MG e São Paulo são os favoritos. Mas sabemos que o Grêmio gosta de brilhar nas copas.
Além de estar numa sequência positiva, o time está fazendo o que de melhor pode fazer: jogar bem. Não são vitórias do tipo achadas, claro que uma ou outra sim, mas em geral são bons jogos.
Por onde passa a melhora do Grêmio
O crescimento de rendimento do Grêmio passa por alguns fatores técnicos e táticos. Da forma técnica, o renascimento de Jean Pyerre é o principal deles. O jovem meia é um dos jogadores mais cerebrais do país. Um meio-campista que sabe o que fazer com a bola, quebra linhas como poucos outros e tem a finalização com um de seus pontos fortes. Junto de Pepê e Diego Souza, é o diferencial no ataque.
Outras mudanças também surtiram efeitos positivos. Principalmente nas laterais e no meio-campo. A partir do momento que Orejuela e Diogo Barbosa passaram a jogar de forma mais frequente, o time melhorou. Muito pela concorrência na posição, Victor Ferraz e Cortez também são bons laterais e aumentaram os seus rendimentos.
A última mudança que surtiu efeito positivo foi a entrada mais frequente de Darlan. Junto de Matheus Henrique, formam um meio-campo dinâmico, que pode ganhar em força e experiência com os ingressos de Lucas Silva e Maicon. Até no ataque Diego Souza voltou aos melhores momentos após a compra do bom Diego Churín.
Do jeito que está jogando, com quem está jogando, e no que está jogando, o Grêmio tem tudo para festejar no fim da temporada.