Lajeado fecha cerco contra dengue

Prevenção

Lajeado fecha cerco contra dengue

Após alerta do governo do Estado, município volta a realizar Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa)

Lajeado fecha cerco contra dengue
Agentes identificados com crachá da prefeitura vistoriam residências (Foto: Ramiro Brites)
Lajeado

A Vigilância Ambiental, vinculada a Secretaria de Saúde de Lajeado, retomou nesta semana o trabalho de campo para coleta de larvas do mosquito da dengue em locais de possível reprodução e proliferação do Aedes aegypti, que também pode transmitir chikungunya e zika.

“O prognóstico é nós termos uma epidemia de dengue neste verão. Então a gente precisa conhecer a situação dos bairros dos municípios para dirigir as ações para os locais prioritários”, afirma a bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental, Catiana Lanius.

Ela conta que na quinta-feira, 26 de novembro, membros da Secretaria Estadual de Saúde emitiram alerta para a eminência de um surto na próxima estação. Os mosquitos se proliferam em água parada e têm o ciclo de vida intensificado quando as temperaturas estão mais quentes. Em 2020, as notificações de dengue já ultrapassam 6,3 mil casos no Rio Grande do Sul. Enquanto em 2019, o número total foi de 4 mil infecções.

Diante deste aumento de casos, as coletas do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) retornou na segunda-feira, 30 de novembro e se estende até o dia 9 de dezembro. Por conta da pandemia de coronavírus, o serviço havia sido suspenso a fim de evitar a entrada de possíveis vetores de covid-19 nas residências.

Normalmente, o balanço é realizado de três em três meses, com quatro ciclos anuais. Em 2020, apenas a primeira rodada da pesquisa foi coletada ainda em fevereiro. Em março, a pesquisa foi suspensa e retorna após mais de 8 meses.

Risco de subnotificação

Dor muscular, dor de cabeça e febre estão entre os principais sintomas da dengue. No entanto, esse quadro clínico também se aplica a casos de covid-19. A coordenadora da Vigilância Ambiental do município chama atenção para os sintomas de ambas doenças.

“Há risco dos pacientes se confundirem e pode causar subnotificação em uma das duas doenças”, alerta Catiana Lanius. A bióloga indica atenção para aparição de manchas vermelhas no corpo, que se manifestam apenas em infectados com dengue.

Adesão da comunidade

Uma das 80 pessoas que realiza o trabalho de busca de focos do mosquito no município é a agente da Vigilância Epidemiológica, Gessi Ghilardi. Ela reforça a colaboração dos cidadãos para o andamento dos trabalhos.

Conforme Gessi, muitos agentes de saúde, principalmente os mais jovens, têm a entrada barrada nas residências. “Muita gente acha que não precisa fazer o trabalho e que vai haver algum tipo de punição. Nosso serviço é de orientar e controlar a proliferação do mosquito. É necessário”.

Empresas, terrenos baldios e casas dos bairros Americano, Hidráulica, Alto do Parque e São Cristóvão já receberam vistas de fiscais. Até o dia 9, todos os bairros devem ser visitados, com exceção de Alto Conventos, que é considerado zona rural e o Aedes aegypti é essencialmente urbano.

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