O município de Pouso Novo – pioneiro na operacionalização do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal no Vale do Taquari -, realizou nessa terça-feira, 4, a última entrega da proposta que teve início em outubro do ano passado.
Com um investimento de R$ 80 mil foram realizadas nove entregas, que beneficiam 70 famílias em vulnerabilidade social e integrantes do Bolsa Família, que tiveram acesso a kits de alimentos fornecidos todos os meses por 20 produtores, com o objetivo de promover o acesso a alimentos em quantidade, qualidade e regularidade.
Por conta da pandemia, algumas das entregas exigiram uma nova logística que visava evitar aglomerações, respeitando as orientações dadas por órgãos oficiais, como o Ministério da Saúde. “Assim, os encontros coletivos e mensais deram lugar a visitas em outros locais para que as famílias não fossem prejudicadas”, salienta o extensionista da Emater/RS-Ascar, Charles Fantin Machado.
Dessa forma, com do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e da Secretaria Municipal da Saúde, foi possível a entrega de itens, como, repolho, couve-folha, couve-flor, brócolis, aipim, moranga, laranja e bergamota, além de conservas, geleias, pães, bolos e massas, entre outros.
No contexto da pandemia o processo de higienização dos alimentos também foi diferenciado para evitar contaminações. “Não por acaso o simbolismo destas entregas, em um momento em que tantas pessoas estão vulneráveis, foi ainda maior”, afirmou Machado, valorizando a política pública que beneficia não apenas os produtores, que tem a venda garantida, mas também as famílias vulneraveis. “Mais que uma forma de complementação de renda, é também uma mania de levar carinho, empatia as pessoas”, pontuou a secretária de Assistência Social, Kelin Brock.
A Emater/RS-Ascar, que opera em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado, realiza há seis anos entregas por meio do PAA em Pouso Novo. “Para a minha família esta cesta é muito importante, já que não somos produtores rurais e tenho dois filhos pequenos, sendo este um ótimo complemento para a alimentação deles”, argumenta a beneficiária Catiele de Oliveira, que garante que até os hábitos alimentares foram mudados. “Todos estão comendo mais frutas e verduras”, salienta. “O nosso objetivo é renovar o convênio para que haja a continuidade desta política pública”, avalia Machado.