O programa Negócios em Pauta, da Rádio A Hora 102.9, deste sábado, dia 1º, debateu sobre as necessidades da Reforma Tributária no país e no estado. As propostas de alterações na matriz de impostos foi pauta do debate entre o advogado Tiago Vian, a empresária contábil e vice-presidente de administração da Acil, Graciela Black e o advogado e diretor de integração regional da Acil, Fernando Arenhart.
Conforme Graciela, a carga tributária afeta todos os produtos consumidos. “Trabalhamos por muito tempo até poder dizer que quitamos toda carga tributária. Precisamos simplificar para sermos mais ágeis e menos burocráticos nos processos tributários”, exemplifica. Ela explica que, na área contábil, são muitos processos e regras até que uma empresa esteja regularizada. “A mudança da legislação é muito rápida e há muitas brechas na legislação que deixam margem. É preciso simplificar para que as coisas sigam de uma melhor forma”, esclarece.
Para Vian, a tributação sobre produto sempre foi muito elevada no estado e no país. “A situação que o mundo enfrenta de crise sanitária e econômico que gerou uma retração de 10% no PIB. Sendo assim, acredito não ser o melhor momento para debater a reforma tributária”, argumenta. Para ele, as propostas apresentadas não são de fato uma reforma, e sim, um processo de aumento das alíquotas de tributos. “Simplifica em algumas partes, mas me parece prejudicial a todos”, explica. “Aumentar tributos não me parece o melhor meio de reformar tendo em vista o momento que o país e estado passam”, reforça Vian.
Arenhart relembra que o tema reforma tributária já é tratado há cerca de 20 anos e debatido por especialistas. “A reforma previdenciária era uma das necessidades. A reforma administrativa, com otimização de cargos no estado, ainda é pouco debatida. E, por fim, a tributária”, esclarece. Para ele, este é o momento para alterar e implementar um novo modelo. “O bom sistema tributário tem características como a simplificação, o entendimento das pessoas por aquilo que estão pagando. Hoje, isso não acontece. Grande parte dos tributos são cobrados indiretamente e são desconhecidos por grande parte da população”, argumenta.
Confira a entrevista na íntegra: