Por que “feio”?

Opinião

Deolí Gräff

Deolí Gräff

Jornalista

Coluna sobre sociedade, arte, cultura e expressões comunitárias.

Por que “feio”?

Por

Vale do Taquari

Em diversos lugares da cidade de Lajeado apareceu escrita a palavra “feio”, sempre na mesma grafia. A autoria é desconhecida. São muitos os questionamentos sobre a intenção e o significado.

A palavra “feio” está muito presente no linguajar popular e com diferentes significados. Desde criança ouvimos falar que errar ou cometer algum deslize, somos repreendidos com o chavão: ”Que feio!” ou “O que fez é muito feio”. É muito feio e desumano maltratar alguém. É feio mentir, mais feio ainda roubar . O ex-deputado Inaldo Leitão, ficou indignado ao saber que havia sido delatado na Lava Jato, porque seu nome constou na lista dos que receberam propina da Odebrecht com o apelido de “Todo Feio”.

Somos seletivos na hora de escolher. A aparência conta, e muito. Tanto é verdade que existem cursinhos sobre como se apresentar para entrevista de emprego. Como fazer bonito, ou seja, como não fazer feio. O visual conta bons pontinhos.

A música fora do tom, da harmonia ou do ritmo, é melhor nem cantar. Na arte, sem a perfeição dos traços, cores e relevos, não vende. No direito, quando faltam argumentos provas, é melhor nem ir para o Tribunal. Na política, bom, aí tem muita gente fazendo o que não deveria. A avaliação vem com a expressão: “Que feio!”.

A maioria das pessoas é composta do tipo fora do padrão “oficial” de beleza. São os não-bonitos. E tem os “feios”, aqueles excluídos, que não atendem a nenhum quesito dos traços faciais e da silhueta que compõem o padrão estético. É uma espécie de mal-estar coletivo, ou seria uma contradição entre o ser humano e o que julgamos ser a aparência perfeita do ser humano. Neste conceito de lindos e não lindos, os feios continuam excluídos, pois eles não são apenas não-bonitos, mas rejeitados como se não fossem humanos. Por mais que alguém diga que está conformado com sua feiura, ser enquadrado como mal-apessoado incomoda.

Tem vezes que “feio” é bonito. A namorada chamar o seu “amor” de “meu feio”, pode ser apelido carinhoso. Nas brincadeiras é comum alguém gritar: “ô feioso”. E quando se quer diminuir a intensidade do “feio”, usamos o feinho.

Voltando à pichação. Alguém sabe o que significa “feio” pintado em diversos lugares da cidade?


Mallmann também lê o alemão gótico

A propósito da publicação na página de quinta-feira passada sobre a tradução de dois livros escritos em alemão gótico. Escrevemos que Wolfagang Collischonn seria talvez o único que ainda lê e traduz para o português, textos escritos no estilo de letras góticas.

Recebemos mensagem por WhatsApp do engenheiro agrônomo e diretor do frigorífico de frangos da Cooperativa Dália, Raul Pedro Mallmann, informando que ele tem facilidade na leitura de textos no alemão gótico.

“Leio esta escrita com a mesma fluência da escrita em tipos gráficos normais. Não é mérito. Até os 7 anos eu era analfabeto completo e sem conhecer nenhuma palavra na língua brasileira. Eu havia decorado cerca de 500 palavras em alemão sem saber as letras. Decorei com as legendas de livros, revistas e do jornal “Jornal do Dia”, edição semanal. Com estas palavras e com dedicação era possível ler de forma rudimentar as frases de livros e jornais. Os livros nossa mãe lia em voz alta para nós. Todos os dias cerca de 5 páginas. Quando ela não estava vendo eu pegava o livro escondido e tentava ver a continuação da história. Dava para ter uma ideia de que o “mocinho da história” se daria bem ou mal logo em seguida. Vários livros eram na língua alemã gótica. É muito fácil ler para quem sabe o sentido das frases. Exatamente a mesma coisa daquela brincadeira de frases em que são representadas apenas algumas letras das palavras. O resto se adivinha nosso cérebro decora. O gótico aprendi a ler assim. Boa parte das letras são iguais as outras e se decora. Com o tempo se cria fluência natural”.


Plantio de guajuvira marca Conferência Distrital

O Rotary viveu dois momentos históricos sábado, passado, com o plantio de duas mudas de árvore da espécie Guajuvira. Os atos marcaram a realização da 30ª Conferência Distrital, sob o lema O Rotary Conecta o Mundo. Por causa da pandemia do coronavírus a Conferência presencial será substituída pela 1ª Conferência Distrital Virtual – Conferência da Transformação, que ocorre na próxima sexta-feira. Tudo isto para marcar a gestão do Governador Distrital Luiz de Roque Fornari Fassina. Como ele é sócio do Rotary Club de Lajeado Engenho, uma muda foi plantada no Parque do Engenho, que deu o nome ao Rotary Engenho. Naquele local foi construído a primeira indústria de Lajeado, em 1862 – uma Serraria – e um moinho. A outra árvore foi plantada no Parque Histórico, que preserva a arquitetura e o legado da colonização de Lajeado.

Os dois atos tiveram uma significativa presença de rotarianos dos quatro clubes da cidade: Rotary Lajeado, Engenho, Integração e o Satélite Universitário. Também esteve presente o governador assistente Sereno Griesang.

A escolha da árvore Guajuvira foi por ter sido muito utilizada para a produção de tábuas, móveis, cabos de ferramentas, mourões para a cerca dos potreiros e divisas, além de muitas outras utilidades.


Dália 73 anos

A Cooperativa Dália, de Encantado, completou ontem, 73 anos de fundação. A data de início das atividades foi em 15/06/1947.


Jorge Moreira 91 anos

O advogado, tradicionalista, poeta e escritor Jorge Moreira, de Encantado, completa hoje, 91 anos de vida. Ele ocupa a Cadeira nº 02 da Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat).


Maxxi 10

Inaugurado em junho de 2010, o Maxxi Atacado está completando dez anos de atuação em Lajeado.

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