“Não podemos imaginar um processo eleitoral com a pandemia que vivemos”, afirmou o prefeito de Taquari, Emanuel Hassen, o “Maneco” em entrevista ao programa Frente e Verso na manhã de hoje. Ele presidirá a Famurs a partir do dia 8 de julho, entidade que defende o cancelamento das eleições municipais em 2020.
Em reunião realizada ontem pela Famurs, os 27 prefeitos e presidentes regionais foram contrários ao pleito neste ano e pedem para que a eleição municipal seja unificada com a nacional em 2022.
Maneco lembrou que os pré-candidatos à eleição municipal já deveriam realizar as convenções, o que impossibilidade a aglomeração de pessoas. Na campanha, percebe a dificuldade dos políticos visitarem eleitores para debater propostas.
Para Maneco, o clima eleitoral prejudicará o combate à pandemia da covid-19. “As estratégias de isolamento seriam usadas pela oposição e situação e isso vai acirrar os ânimos e dividir o município”, prevê Maneco. “Precisamos se unir neste momento”, complementa.
Maneco também defendeu a economia com a unificação das eleições e afirmou ser necessário enxugar os gastos em meio à pandemia.
Questionado sobre possível oportunismo de prefeitos para se manterem mais dois anos no poder, o futuro presidente da Famurs justificou que a entidade apenas pautou o assunto em meio à pandemia. “Não estamos debatendo a normalidade, mas a excepcionalidade, por isso precisamos de uma ação excepcional para termos um debate sadio em torno das propostas de governo”, defende.

Emanuel Hassen, o Maneco
Maneco também foi questionado se os prefeitos em primeiro mandato poderiam concorrer a reeleição em caso de unificação das eleições. Conforme ele, os pormenores não foram debatidos na reunião da Famurs.
Em âmbito nacional, há previsão das eleições municipais serem adiadas para dezembro. O assunto já foi abordado na semana passada, na Rádio A Hora, em entrevista realizada com o senador Lasier Martins.
Ao assumir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso a possibilidade de adiar as eleições para o próximo ano ou a unificação das eleições para 2022.
Ouça a entrevista na íntegra: