O embasamento técnico-científico para intensificar ou afrouxar restrições nas diferentes áreas do RS é uma estratégia coerente do governo estadual. A pandemia exige um grau extremo de responsabilidade e as decisões não podem ser tomadas com base no achismo, crenças ou interesses políticos.
Por mais difícil que seja para a economia do Vale do Taquari ter o setor comercial praticamente fechado em uma das semanas mais importantes do ano para o varejo, às vésperas do Dia das Mães, é preciso reconhecer que a tática do Piratini é equilibrada. Utilizar critérios decorrentes da pesquisa liderada pela UFPel dá legitimidade ao processo.
Pode-se questionar a eficácia da interrupção total das atividades comerciais na tentativa de frear os contágios, especialmente dos pequenos e médios empreendimentos. A maioria das lojas desses portes cumpre à risca todas as normas sanitárias. No entanto, é preciso reconhecer que as portas abertas viram um chamariz para aumentar a circulação das pessoas nas ruas.
Em relação ao restante do país, o estado apresenta até o momento uma das melhores situações. Enquanto outras unidades da federação já estão com o sistema de saúde em colapso, o RS ainda tem um quadro estável. Porto Alegre, por exemplo, é a capital onde a pandemia avança no ritmo menos acelerado.
Em nível estadual, porém, Lajeado desponta como uma das localidades mais críticas e vira um dos focos das atenções das autoridades em saúde. Além de importante, sobretudo, para salvar vidas, achatar a curva de transmissão do vírus é condição para que a cidade possa retornar à normalidade o mais rápido possível.
Para evitar demissões e falência de empresas, a população precisa cooperar com as orientações de distanciamento social. Controlar os casos é uma necessidade para que a região saia da bandeira vermelha e tenha autorização para reabrir o comércio. O comportamento social adequado neste momento, portanto, é fator decisivo para que muitos negócios mantenham a sua viabilidade.
