Há alguns anos em Porto Alegre, eu caminhava pela Rua Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim, quando uma porta que se abria direto para uma escada, me chamou a atenção. Era uma vídeo locadora, que anunciava amplo e diverso catálogo.
A loja era grande, com uma grande quantidade de prateleiras e inúmeras fitas de vídeo VHS. Havia também filmes em DVDs, mas o forte era fitas de vídeo. Mas já era o tempo em que o DVD ganhava importância.
Ao chegar no balcão, havia um cartaz, anunciando a compra de fitas de vídeo. Perguntei ao proprietário que ali estava, se isso não era “um tiro no pé”, ou seja, mau negócio, ao que ele respondeu: “Nunca, claro que não. Todo mundo tem aparelho de vídeo cassete em casa, as fitas não vão deixar de ser usadas nunca. DVD é muito caro, poucos vão comprar.”
Ainda tenho meu vídeo cassete em casa, uma coleção de fitas VHS, meu aparelho de DVD e alguns discos com filmes. A loja, por óbvio, faliu. A tecnologia engole a tudo e a todos, sem lógica alguma. Buscamos o novo, quando o velho ainda nos serve e está bom.
Ele apostou em vídeo cassetes, muitos apostaram em DVDs. Hoje, olhamos Netflix. E o resto é lixo eletrônico.