O Tempo

Opinião

Hugo Schünemann

Hugo Schünemann

Médico oncologista e diretor técnico do Centro Regional de Oncologia (Cron)

O Tempo

Por

Vale do Taquari

Há alguns anos em Porto Alegre, eu caminhava pela Rua Osvaldo Aranha, no bairro Bom Fim, quando uma porta que se abria direto para uma escada, me chamou a atenção. Era uma vídeo locadora, que anunciava amplo e diverso catálogo.

A loja era grande, com uma grande quantidade de prateleiras e inúmeras fitas de vídeo VHS. Havia também filmes em DVDs, mas o forte era fitas de vídeo. Mas já era o tempo em que o DVD ganhava importância.
Ao chegar no balcão, havia um cartaz, anunciando a compra de fitas de vídeo. Perguntei ao proprietário que ali estava, se isso não era “um tiro no pé”, ou seja, mau negócio, ao que ele respondeu: “Nunca, claro que não. Todo mundo tem aparelho de vídeo cassete em casa, as fitas não vão deixar de ser usadas nunca. DVD é muito caro, poucos vão comprar.”

Ainda tenho meu vídeo cassete em casa, uma coleção de fitas VHS, meu aparelho de DVD e alguns discos com filmes. A loja, por óbvio, faliu. A tecnologia engole a tudo e a todos, sem lógica alguma. Buscamos o novo, quando o velho ainda nos serve e está bom.

Ele apostou em vídeo cassetes, muitos apostaram em DVDs. Hoje, olhamos Netflix. E o resto é lixo eletrônico.

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