O que está por detrás do clima hostil na política brasileira, e por que a imprensa ataca tanto o militar
Nunca fui de acreditar em conspirações, nem mesmo quando o PT se vitimizou de golpe durante a queda da presidente Dilma Roussef, deposta em votação democrática por “deputados corruptos” que, duas eleições anteriores, “serviram” para elegê-la.
Então, esta coisa de golpe ou conspiração é invocada quando convém. O PT é craque nisso. PMDB, PSDB, PP e todos os demais partidos que perderam a vergonha de mentir ao povo, também.
Não sou do tipo fã de Jair Bolsonaro. Pelo contrário, tenho muitas reservas em relação ao seu comportamento hostil, extremista e equivocado, sem falar da falta de conhecimento e de articulação em assuntos vitais para um político que quer comandar uma nação.
Mas, fosse por isso, Lula jamais seria presidente. Falou tanta asneira até chegar o poder e, quando eleito, teve acertos e erros.
Uma pena que nunca perdeu a mania da vitimização e o chavão do “nós contra eles”, se colocando como arauto da honestidade. Aliás, até hoje me pergunto: Eike Batista, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, José Dirceu – todos fiéis escudeiros e amigos de Lula – onde se enquadram?
Mas deixamos isso pra lá… Os petistas cegos nunca admitem. Têm sempre uma resposta pronta e arrogante para desfazer qualquer verdade cristalina que alguém lhes diz.
E o que falar do PSDB, outro “arauto da austeridade e seriedade”. Só de lembrar do sem-vergonha Aécio Neves, que quase foi presidente, causa repulsa, em qualquer brasileiro descente. Mesmo em quem votou nele.
Certamente, reside nos parágrafos anteriores, grande parcela da explicação pelo descrédito e rejeição aos partidos do PT e PSDB. Foram os dois que, aliados a outras siglas, governaram o Brasil nos últimos 20 anos.
Embora tivessem acertado em muitos pontos, o desserviço de ambos foi fatal: enganaram e subestimaram a inteligência dos brasileiros. Esqueceram que algumas pessoas “pensam” e têm memória.
Bolsonaro lidera as pesquisas e pode ser eleito presidente, não por causa de sua capacidade ou ideias geniais. Mas, para evitar a arrogância e o falso discurso de um PT fragmentado em ideologias ultrapassadas. E para dar uma resposta a um PSDB mancomunado com um “centrão podre”, o mesmo que elegeu Lula e Dilma, duas vezes, e fez o país mergulhar nesta crise de identidade.
O sentimento de frustração e enganação toma conta do eleitorado. Por isso, Bolsonaro lidera.
Não bastasse a falta de coerência dos partidos de esquerda e centro-esquerda, setores da imprensa nacional corroboram para esta descrença.
Lembremos de Color. A Globo o enaltecia como “caçador de marajás”. Lula era o “sindicalista pobre” que venceu o “preconceito”. Fernando Henrique, o “estadista e criador do Plano Real”.
Tratamento diferente recebe Bolsonaro. Basta acompanhar as entrelinhas dos textos em jornais, telejornais ou mesmo colunas de opinião, para perceber que há um viés tendencioso para atingir o militar, negativamente, quase sempre.
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A forma como setores da imprensa tentam enfraquecê-lo está óbvio demais. O ataque grosseiro de opositores se multiplica com a mesma hostilidade que o próprio militar esfaqueado pregou durante muito tempo. E parte da imprensa reforça o ataque, descaradamente.
O velho ditado, “quando o milagre é demais, até o santo desconfia”, talvez seja a explicação para o crescimento de Bolsonaro. No princípio, ele “não passaria dos 20%”, segundo alguns analistas e especialistas em pesquisas de opinião pública.
E por falar em pesquisas, o que dizer delas? Uma diferente da outra, numa estranha composição para influenciar a opinião pública. Impossível não ficar arredio.
Tudo isso corrobora para o clima hostil e um descrédito cada vez maior ao status quo, protagonizado pelos partidos tradicionais que comandam o Brasil nas última décadas, e não souberam se reciclar.
O sentimento de frustração, desesperança e revolta pode eleger um presidente e custar caro ao país. Ou não.
A essa altura, fica difícil ter certeza de qualquer coisa. O que paira, é incógnita de um lado e “certeza da desilusão” do outro.
Gostaria de estar enganado, mas não será desta vez que uniremos o Brasil.
Calçada obstruída
É comum a obstrução total das calçadas no centro de Lajeado, quando de serviços de limpeza nos prédios ou outros procedimentos. Moradores entendem que o executivo deveria adotar critérios mais adequados, para evitar que os pedestres tenham de circular no meio da rua, expostos ao atropelamento. Um caso mais recente foi registrado na quadra do Banco Santander, na Júlio, bem perto da Prefeitura de Lajeado.
“Má vontade”
Cabe um olhar mais atento ao atendimento dispensado no ambiente que coleta sangue, no Hospital Bruno Born. Um trabalhador arroio-meense veio até o jornal para se queixar do que classificou de má vontade, por parte de alguns funcionários. “Com tanta gente precisando de sangue, tive de implorar para fazer a doação”, contou, chateado. Ele havia se atrasado no dia anterior e, noutro, quando voltou, disseram que já não seria necessário.
R$ 1 bilhão para inovar
O Governo Federal lançou um programa para financiar projetos de inovação no país. O programa denominado de Cidades Inovadoras será executado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, financiado pela FINEP. O dinheiro, R$ 1 bilhão, será liberado para projetos que beneficiem áreas de influência regonal dos municípios e e empresas.
Quatro setores terão prioridade no financiamento: saneamento e recursos hídricos; mobilidade urbana; eficiência energética e energias renováveis. Os empréstimos terão carência de 24 meses , com prazo de amortização em até 96 meses. A taxa de juros será de CDI, mais 4% ao ano.
O Governo Federal gostaria que ao menos 200 instituições diferentes se habilite ao dinheiro.
Em Lajeado
Por falar em inovação, no dia 11 de outubro, no Tecnovates, às 14h, ocorre a Palestra da EMBRAPII de Apoio a Inovação Industrial. Carlos Eduardo Pereira, diretor de operações da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial. Excelente oportunidade para as indústrias que se movimentam nesta direção.
Inspiração na Ilha do Silício
Um movimento de inovação liderado pela Univates, Governo de Lajeado e Acil deve levar um grupo de empresários ao polo tecnológico de Florianópolis, a exemplo do que já ocorrera ao Porto Digital de Recife, no ano passado. A data é 26 de outubro.
Com o segmento de tecnologia e startups em ebulição, a cidade tem importado mão-de-obra qualificada para dar conta da expansão que vive. Mais 900 empresas de tecnologia só em Florianópolis que, juntas, geram um faturamento de 5,4 bilhões reais, que é quatro vezes maior do que o retorno que o turismo traz.
Em comparações locais, isso significa metade de todo nosso PIB regional.
A capital catarinense começou décadas atrás semelhante ao que ocorreu no Vale do Silício. Daí o apelido de Ilha do Silício.
A região tem muito a se inspirar e aprender, ainda mais às vésperas de esboçar a criação de uma agência de desenvolvimento local.