“O que está acontecendo?”

Opinião

Adair Weiss

Adair Weiss

Diretor Executivo do Grupo A Hora

Coluna com visão empreendedora, de posicionamento e questionadora sobre as esferas públicas e privadas.

“O que está acontecendo?”

Jovem expulso pela namorada ateia fogo na casa, mendigos nas ruas, Bolsonaro esfaqueado e por aí vai…
O lajeadense Léo Katz estava inconsolável na tarde dessa quinta-feira, durante um telefonema à coluna. Com seu jeito “direto ao ponto”, fez relatos do que ocorre na cidade e, por mais de uma vez, repetiu a pergunta: o que está acontecendo em Lajeado, o que está acontecendo? Isso fora alguns minutos antes de Bolsonaro ser esfaqueado em comício, no estado de Minas Gerais.
Katz estava indignado com o episódio de um rapaz de 19 anos que brigou com a namorada, no bairro Montanha. Após ser colocado para fora de casa, o jovem retornou e ateou fogo dentro da casa. Por sorte, os bombeiros chegaram em tempo e evitaram o pior.
“Daí ligo para as autoridades e eles me relatam outros episódios, cada um mais lamentável que o outro”, exclamava Katz. Citou os mendigos que vivem na frente dos supermercados, nas calçadas e nas inúmeras situações e circunstâncias de vulnerabilidade social registradas nas ruas e bairros.
“Algo precisa ser feito”, insistia Katz, em tom de desabafo e um tanto apático com seus relatos.
Aproveito a manifestação de Katz para fazer duas observações que me parecem apropriadas, neste momento: a primeira está relacionada à educação e à política de proteção aos menores.
Ainda que fundamental, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) trouxe avanços e exageros. A lei impede o trabalho ao menor de 16 anos, nem que seja meio turno. O reflexo é uma legião de jovens ociosos que, com tempo e sozinhos, muitas vezes, escolhem outros caminhos. Depois o Estado paga a conta e constrói cadeias. E as palmadinhas nas crianças também são consideradas agressão física e emocional.
Sem regras e nem disciplina, com os pais no trabalho, esses adolescentes se criam sozinhos, na maioria das famílias. Daí surge, muitas vezes, o comportamento rebelde, indisciplinado e agressivo.
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Óbvio que o comportamento desequilibrado da sociedade é mais complexo e origina de outros fatores. Mas a falta de ocupação saudável é um grande gerador de desvirtuamento do cidadão, ainda mais no Brasil, onde muitos evadem da escola antes de chegar ao Ensino Médio.
O segundo ponto é o antídoto para o problema anterior. Parece simples, mas não é. Entretanto, a indignação popular é tamanha, que agrada a ideia do armamento da população.
Eu imagino se esse rapaz de 19 anos tivesse de posse de uma arma, ao invés de isqueiro. Certamente, no lugar dos bombeiros, seria chamada uma ambulância ou a perícia. Triste assim. Bolsonaro que o diga. Incentiva a violência, e dela padece.
Minha pergunta vai um pouco além da que fez Katz. Imagino o que acontece em um país que não prioriza a educação, mas está disposto a votar num presidente que sugere ao povo pegar em armas? Chegamos ao limite do tolerável.
Pagamos impostos para o Estado garantir segurança, saúde e educação. E agora ainda teremos de comprar armas para cada um se defender? Uma insanidade, como foi o esfaqueamento em Bolsonaro.
Concordo que o cenário é ruim, mas piorá-lo ainda mais, e com armamento, pode ser devastador.
Fecho com a pergunta de Leo Katz: “O que está acontecendo?”.


edson brum

Agronegócio, acesso aos jovens e diminuição de impostos

O atual deputado estadual, Edson Brum, MDB, quer se reeleger para seguir o trabalho em três eixos que considera fundamentais ao Vale do Taquari e ao RS: política pública de apoio e fortalecimento das cadeias leiteira, suína e de aves. “Isso gera desenvolvimento na região e precisamos agregar cada vez mais valor.”
Outro ponto é a democratização de acesso aos jovens ao mercado de trabalho e à cultura. Cita o projeto da meia-entrada e a necessidade de trabalhar pela instalação de escolas técnicas em todos os municípios, ou ao menos garantir determinado número de vagas para cada cidade. “É a porta de entrada desses jovens ao mercado de trabalho”, justifica.
Por último, salienta que é o único deputado com dois mandatos que nunca votou pró-aumento de impostos. “Sou contra o alto imposto no Brasil e estado, e continuará uma bandeira minha, indiferente do governo ser ou não do meu partido.”


Sérgio Kniphoff

Cidadania e dignidade num contexto de sociedade

O médico Sérgio Kniphoff quer ser deputado estadual para lutar pela cidadania e dignidade da população. Com a experiência profissional de 35 anos na pediatria, acredita ter conhecimento acumulado acerca das pessoas que vivem no Vale do Taquari. “E como atendo famílias de todas as áreas, me sinto credenciado para atender as demandas do Vale e suas necessidades, dentro de um projeto de desenvolvimento integrado com os agentes regionais.”
O planejamento e a estratégia para fortalecer a região deve ser do conhecimento e do envolvimento de um deputado.
“É claro que o foco maior será na área em que atuo. Saúde para crianças e adolescentes é fundamental para desenvolver uma sociedade”, defende. Mas observa que, se formos para a definição do que estabelece a Constituição, temos muitas mazelas e lacunas. Kniphoff quer ser deputado para fortalecer a representação regional e permear os setores de desenvolvimento social e econômico regional.
Ainda defende salários aos profissionais públicos da educação, saúde e segurança, e não concorda com a generalização de que o funcionalismo está com privilégios em todos os setores.


Márcia Scherer

Vale perde R$ 15 milhões/ano por não ter um deputado federal

A candidata ao Congresso Nacional, Márcia Scherer, MDB, quer se eleger para atuar em três frentes de trabalho. A mais urgente delas: resgatar a perda dos R$ 15 milhões anuais que cada deputado tem disponível por meio de emendas, das quais 50% são para a saúde. Márcia acredita que um deputado federal consiga trazer para sua região perto de R$ 100 milhões em um mandato. “Vamos trabalhar para isso. E a falta de um deputado nos inviabiliza de receber atualmente”, comenta.
O segundo trabalho será em prol da agricultura familiar. Nascida no interior, Márcia defende o cooperativismo e o fortalecimento do vale de alimentos como modelo justo e estratégico para a região. “Quero dedicar energia nesse setor, pois ele faz a diferença em nossos municípios”, diz.
O terceiro foco será a a segurança pública. “Lutar para uma política pública que fortaleça as polícias no país, pois é a melhor forma de combater o crime e a insegurança”, complementa Márcia.

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