Robôs e o futuro do trabalho
Na Universidade de Berkeley, Röhsig observou como o avanço da robótica modifica o cotidiano das empresas e pessoas. Além de linhas de produção cada vez mais automatizadas, viu robôs que fazem entregas para redes de fast-food, entre outras aplicações.
Enquanto isso, em Estrela, a Cacis promoveu palestra sobre os desafios dos profissionais do futuro diante da escalada tecnológica. Consultor da Hype Island, colunista da Zera Hora e ex-diretor da RBSTV, Alfredo Fedrizzi falou sobre o tema.
Segundo Fedrizzi, as habilidades físicas, manuais e cognitivas básicas serão cada vez menos necessárias, fazendo desaparecer profissões como motoristas, enfermeiros, eletricistas e trabalhadores de linhas de montagem, entre outras.
O cenário exige uma nova formação profissional em todas as áreas, de forma a tornar o aperfeiçoamento uma ferramenta permanente, diz Fedrizzi. Para ele, as escolas e universidades precisam passar por uma reciclagem completa, caso contrário, não serão capazes de formar a nova geração de trabalhadores.
Dados e a proteção da privacidade
Outra palestra focada nos dilemas do mundo tecnológico foi promovida pela Acil. A jurista, professora, pesquisadora e consultora de empresas Cristina Maria de Gouveia Caldeira, de Portugal, falou sobre o impacto do regulamento europeu sobre a proteção de dados pessoais nas empresas brasileiras.
Como pensa o Vale do Silício
Grande parte das empresas que estão revolucionando o mundo dos negócios, e o dia a dia de todos, estão concentradas em uma região dos Estados Unidos conhecida como Vale do Silício, em São Francisco, Califórnia.
Para entender como funcionam e pensam as empresas de alta tecnologia, a comitiva nacional do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) participou de conferência na Singularity University e visitas orientadas a companhias como Google, Netflix, Lucasfilms, Tesla e Pay Pal.
Integrante da comitiva, o lajeadense Fernando Röhsig destaca o mindset das empresas como a base para todo o desenvolvimento na região. A coragem para assumir riscos, a fome por inovação e empreendedorismo e a união entre universidades, institutos de pesquisa e indústria se aliam a regulações governamentais favoráveis e criam o ambiente ideal para o avanço da tecnologia.
Somam-se a isso a atuação de firmas de investimentos em empresas privadas, a conectividade global, uma cultura de meritocracia e colaboração e uma força de trabalho competente e flexível.
Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br