A família Franz, de Santa Clara do Sul, trabalha para conseguir produzir chips de batata- doce e aipim para vender na 41ª Expointer. O evento ocorre entre os dias 25 de agosto e 2 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Flávio, 63, e Ivone, 62, iniciaram a produção em 2014e participam pela segunda vez da feira. “Para este ano, a novidade será a farinha de batata-doce. O pacote com 120 gramas será vendido a partir de R$ 7”, adianta Flávio.
A farinha é recomendada para diabéticos e quem sofre de colesterol alto. “É rica em fósforo, cálcio, ferro e vitaminas”, explica.
Na opinião do casal, a mostra é uma oportunidade de conquistar novos clientes e expandir as vendas. “Nosso produto é feito sem glúten e é livre de gorduras trans. Os chips são fritos em óleo de palma. Todos podem consumir, pois são muito saudáveis”, afirma Ivone.
Além de coloridos, são oferecidos nos sabores pizza, bacon, churrasco e natural. Os salgadinhos naturais são vendidos em embalagens de 70 e 100 gramas, com preço médio de R$ 5. Toda matéria-prima é cultivada na propriedade da família. São 40 mil pés de batata-doce e de aipim.
Renda extra
De acordo com o assistente técnico regional da área de Organização Econômica da Emater/RS-Ascar, Alano Tonin as feiras são uma oportunidade ímpar para comercialização, divulgação, contato com consumidores e troca de experiência entre os participantes.
O fato de a região ter muitas agroindústrias de origem animal e estarem apenas registradas no Serviço Inspeção Municipal (SIM) limita a venda para apenas dentro do município. “As mostras representam a maior parte das vendas do ano. Em alguns casos chegam a 90%”, relata.
Aos que beneficiam produtos de origem vegetal, a exposição contribui para o negócio crescer. “Além de vender diretamente ao consumidor, permite fazer novos contatos, elevar a produção e abrir novos mercados”, finaliza.
O Vale do Taquari terá 35 agroindústrias no Pavilhão da Agricultura Familiar.
Produtor de alimentos
Conforme Tarcisio Minetto, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, a agricultura familiar abrange 378 mil famílias, Corresponde a 85% dos estabelecimentos rurais e ocupa 30% da área agrícola. “Essa força representa 27% do PIB gaúcho”, contabiliza.
Para Minetto, a vocação do estado é essencialmente agrícola, seja na produção de commodities ou de frutas e hortigranjeiros. Segundo ele, existe uma série de políticas públicas para esse segmento, com recursos próprios e em convênios com a União.
O foco é estimular a produção, a gestão e o aumento da produtividade, para qualificar o agricultor a gerir melhor a propriedade, permitindo investimentos em tecnologia que reduzam as dificuldades da produção e gerem renda. “A Expointer é uma oportunidade única para o público urbano dialogar com os agricultores familiares e experimentar seus produtos. Mais do que isso, é um momento para o estado reconhecer homens e mulheres que semeiam e colhem o alimento consumido por todos”, finaliza.
Mais de 400 empreendimentos vão expor, divulgar e comercializar produtos como pães, bolos e cucas, doces e schmiers, salames, queijos, conservas, licores e embutidos, entre outros produtos.
Na edição do ano passado, a Feira da Agricultura Familiar totalizou R$ 2,8 milhões, aumento de 40% sobre a edição de 2016.
Fique atento
Data e horário: 25 de agosto a 2 de setembro | Das 8h às 20h30min
Ingressos
Pedestre: R$ 13
Estudante: R$ 6
Idoso: R$ 6 (a partir dos 65 anos, a entrada é gratuita)
Criança: até 6 anos têm acesso livre se acompanhadas
Estacionamento: R$ 32 por veículo (com direito ao ingresso do motorista)