Brincadeiras do tempo da vovó

Comportamento

Brincadeiras do tempo da vovó

Dia dos Avós é oportunidade para resgatar um pouco da cultura por meio de experiências com brincadeiras antigas

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Brincadeiras do tempo da vovó

A próxima quarta-feira, 26, é o Dia dos Avós. Discutir a importância dessas figuras na vida dos netos é chover no molhado – todo mundo sabe o carinho que os queridos dispensam e o quanto o convívio com eles é doce e educativo.

Contudo, com os avanços da modernidade, a tecnologia trouxe interações que têm distanciado os familiares e resumem momentos que deveriam ser de brincadeiras e interações a meia dúzia de emoticons ou jogos on-line.

As crianças de hoje encontram os brinquedos prontos, diferente da época em que nossos avós eram pequenos e costumavam se divertir com as próprias criações. Bonecas de sabugo de milho, carrinhos de lata e cinco pedrinhas que se transformavam em “Marias” eram motivos de muita diversão. Bem diferente de brinquedos e jogos eletrônicos, que não exigem tanto a criatividade das crianças.

A professora de séries iniciais, de alunos de 6 a 10 anos, Rose Schweig Lopes, 51, está na contramão dos avós modernos e insiste em inserir brincadeiras antigas na rotina dos netos. Lauren Rohrig Lopes, 5, e o irmão Zaion, 1 ano e 6 meses, se divertem com a avó na companhia de pião, livros e bonecas, além de objetos criados por eles. As bonecas de Lauren, por exemplo, são bem diferentes das do tempo de Rose. “Eu e minha avó criávamos as bonecas com pano e até mesmo de sabugo de milho”, relembra a professora. A diversão sempre foi garantida.

Rose e o marido não abrem mão de brincadeiras lúdicas com os netos                 Lauren e Zaion. Bonecas de pano, pião e bilboquê são alguns objetos que garantem a diversão da família

Rose e o marido não abrem mão de brincadeiras lúdicas com os netos Lauren e Zaion. Bonecas de pano, pião e bilboquê são alguns objetos que garantem a diversão da família

Além de conviver com os seus, Rose dá aula para os netos de muitos outros avôs e avós e constata que o interesse deles por brincadeiras de antigamente não é tão forte quanto o apreço pela tecnologia. “Na hora da aula de informática, por exemplo, vai cada um para um computador, é uma diversão individual”, afirma. Ela credita isso ao modismo e acha que se os avós ensinassem brincadeiras mais simples eles se apaixonariam pelas atividades.

Uma boa sugestão para o Dia dos Avós é relembrar as brincadeiras de antigamente e aproveitar a data para se divertir com saudosismo. Eles vão adorar reviver momentos da infância e com certeza estarão prontos para contar muitas histórias e ensinar aos netos novas formas de diversão.

Outro benefício é fazer um contraponto com o consumismo e mostrar aos pequenos que para brincar não é preciso gastar dinheiro.

Para instigar ainda mais essa interação, o Caderno VOCÊ. sugere alguns jogos antigos para fazer a festa em casa.

1

Cinco Marias

Essa brincadeira constitui em, primeiramente, procurar cinco pedrinhas que tenham tamanho aproximado ou confeccionar saquinhos e recheá-los com arroz ou areia.

Primeira rodada: jogue todas as pedrinhas no chão e tire uma delas, normalmente se tira a pedrinha que está mais próxima de outra. Depois, com a mesma mão, jogue-a para o alto e pegue uma das que ficaram no chão. Faça a mesma coisa até pegar todas as pedrinhas.

Segunda rodada: jogue as cinco pedrinhas no chão, depois tire uma e jogue-a para o alto, porém. desta vez, pega-se duas pedrinhas de uma vez, mais a que foi jogada para o alto. Repita.

Terceira rodada: cinco pedrinhas no chão, tira-se uma e joga-se para o alto pegando desta vez três pedrinhas e depois a que foi jogada.

Última rodada: joga-se a pedrinha para o alto e pega-se todas as que ficaram no chão.

2

Pião

Um pião de madeira enrolado num barbante. Puxa-se a ponta do barbante e esse sai rodopiando. A grande diversão é observar o pião rodando.

Passar anel

Os participantes ficam com as mãos juntas e um deles com um anel escondido. A pessoa que está com o anel vai passando suas mãos dentro das mãos dos outros participantes até escolher um deles e deixar o anel cair em suas mãos, sem que os outros percebam. Depois escolhe uma pessoa e pergunta-se “fulano, com quem está o anel?” e a pessoa escolhida deve acertar.

Cabra-cega

Depois de determinado espaço onde será feita a brincadeira, as crianças devem sortear quem será a cabra-cega. Em seguida, use o tecido para vendar os olhos dela. Rodem a cabra e saiam correndo. A cabra deve agarrar alguém e adivinhar quem é a criança. Se acertar, a criança escolhida será a próxima cabra-cega. Se errar, o jogo continua.

3

Escravos de Jó

Dois participantes cantam “Escravos de Jó jogavam caxangá, tira, põe, deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá”. Cada um com uma pedrinha na mão vai trocando-as e fazendo o que diz a música.

 

Roda

Em roda, cantem canções antigas e façam os gestos e representações das mesmas. Lembramos de algumas músicas como Ciranda-cirandinha, A linda rosa juvenil, A galinha do vizinho, A canoa virou, Eu entrei na roda, Cachorrinho está latindo, O meu chapéu tem três pontas, Pai Francisco, Pirulito que bate-bate, Samba lelê, Se esta rua fosse minha, Serra serra serrador, entre outras.

Amarelinha

Risca-se a amarelinha no chão, de 1 a 10, fazendo no último número um arco para representar o céu. Pula-se
com um pé só, dentro de cada quadrado.

4

Bolinha de gude

Essa brincadeira tem várias formas de se jogar, como box, triângulo, barca e jogo do papão, onde os participantes devem percorrer determinados caminhos, batendo uma bolinha na outra e, ao final, acertar as caçapas.

Elefante colorido

Crianças e avós devem escolher quem será o mestre da brincadeira. Ele, então, grita: “Elefante colorido”. E as outras perguntam: “De que cor?”. O mestre escolhe uma cor e todos devem tocar algum objeto na tonalidade pedida. Se não achar, tem que pagar uma prenda. Pode ser dançar, cantar, contar uma piada, correr, assim por diante.

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