O Departamento de Trânsito encaminha a instauração de um sistema rotativo de estacionamento sem pagamento. A medida, solicitada por entidades lojistas há cerca de dez dias, deve afetar apenas algumas quadras das avenidas Benjamin Constant e Senador Alberto Pasqualini – próximo à Floricultura Sandri, e à Casa Nostra.
“Há muitos comerciantes reclamando que nesses locais motoristas, na maioria trabalhadores das proximidades, estacionam de manhã e saem só à noite. O ideal é que o consumidor possa estacionar, fazer suas compras, e dar lugar a outros”, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Heinz Rockenbach.
De acordo com o coordenador do departamento, Carlos Kayser, serão instaladas placa que determinem tempo máximo de 15 ou 30 minutos de estacionamento, em vários pontos dessas quadras.
Sem condições de fiscalização ininterrupta desses locais, o departamento espera contar com uma parceria dos próprios lojistas, para verificar o respeito às placas, e também da própria população. “Vai depender muito da conscientização das pessoas. Neste primeiro momento, vai ser um teste, para ver se dá certo, se funciona sem pagamento.”
Na próxima quarta-feira, a proposta passará pelo Conselho Municipal de Trânsito. “Queremos uma opinião deles.” Depois, as placas serão confeccionadas e o município iniciará a divulgação da medida.
Opiniões divergentes
Para a gerente de uma loja de sapatos infantis da Benjamin Constant, Lisiane Reichert, a medida não será eficaz. “Sem cobrança, acho que o pessoal não vai respeitar. Têm alguns que reclamam, mas, mesmo assim, seria melhor.”
Apesar disso, acredita que a tentativa do município seja válida, tendo em vista que aos sábados há grande dificuldade dos clientes estacionarem nas proximidades. “Sabemos que há comerciantes lá da Júlio – de Castilhos – que param aqui”, reclama.
Já o proprietário de uma loja de conserto e venda de celulares, Pedro Carvalho, acredita que as placas possam ser eficazes. Assim como Lisiane, ele percebe a permanência diária de carros no local. “Isso nos prejudica. Porque hoje as pessoas precisam dar duas, três voltas para conseguir uma vaga.”
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Já o proprietário de uma loja de conserto e venda de celulares, Pedro Carvalho, acredita que as placas possam ser eficazes. Assim como Lisiane, ele percebe a permanência diária de carros no local. “Isso nos prejudica. Porque hoje as pessoas precisam dar duas, três voltas para conseguir uma vaga.”
Diminuição da área
A quadra da Senador Alberto Pasqualini, onde deve ser instalado o modelo, hoje é monitorada pela Stacione Rotativo. Porém, a empresa não teria mais interesse em fazer a cobrança no local. Por isso, até o fim do mês, deve entregar ao município um documento abrindo mão do espaço.
Além desse ponto, outros também devem sair da área de abrangência da Stacione. “Estamos discutindo, pois há locais onde não tem movimento, mas há o custo dos servidores”, explica Kayser.
Aviso em análise
Motivo de muitas polêmicas, o Aviso de Irregularidade (AI) pode passar por novas mudanças. Em conjunto com a Stacione, o município avalia a possibilidade de redução do preço. Além disso, poderá elaborar um projeto de lei que determine, em 100% dos casos, a transformação do AI em créditos. “Hoje alguns são beneficiados, outros não. Então, queríamos regularizar isso.” Kayser afirma que a empresa não tem mais dívidas com o município. O contrato tem duração de dez anos.
