Furtos e roubos crescem  quase 10% neste ano

Vale do Taquari

Furtos e roubos crescem quase 10% neste ano

Nos 3 primeiros meses, 113 veículos foram levados

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Furtos e roubos crescem  quase 10% neste ano
Dois veículos furtados em Lajeado (Foto: Arquivo A Hora)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O número de roubos e furtos de veículos em Lajeado, Encantado, Estrela, Taquari e Arroio do Meio aumentou em relação aos três primeiros meses do ano passado. Desde janeiro de 2017, foram 113 ocorrências contra 102 de 2016. A quantidade é considerada estável pelos órgãos de segurança. Cercamento eletrônico e câmeras de vigilância são apostas para amenizar os crimes.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) publicou os índices de criminalidade do primeiro trimesttre deste ano. De acordo com a pesquisa, Lajeado concentra mais de 70% dos crimes de furto e roubo de veículos na região. Foram 73 no período. A cidade conta também com a maior frota entre todos os municípios do Vale do Taquari, com 34 mil carros e quase 15 mil motos e motonetas.

Apesar dos dados gerais desfavoráveis, Lajeado registra pequena queda no índice de roubos – quando a vítima, no caso o proprietário do veículo, se encontra no momento da crime. Foram 18 ocorrências em 2017 contra 21 em 2016. Já em relação aos furtos – quando o dono não se encontra –, o número aumentou de 35 para 55.

A média em Lajeado, neste ano, está em 24,3 ocorrências por mês. É a maior nos últimos cinco anos. Em 2012, por exemplo, nos 12 meses do ano, foi de 23,3 furtos e roubos. Em 2013, foi 22,1. No ano de 2014, o município registrou os menores índices, com a média de 18,9. Já em 2015 e 2016, ficou em 21.

Neste ano, Estrela aparece na segunda colocação entre os cinco maiores da região em número de crimes. Foram 13 furtos e sete roubos em 2017, totalizando 20 fatos, conforme os dados da SSP.

Encantado foi a cidade com menor número de ocorrências. Foram apenas quatro em três meses.

tabela furtos e roubos“É difícil mapear os locais”

De acordo com o comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Taquari (CRPO-VT), coronel Gleider Cavalli Oliveira, a corporação enfrenta dificuldades no combate a esse tipo de crime em função do pouco efetivo disponível.

“Temos nossos índices criminais e, sempre que focamos em determinado indicador, como homicídios, outros indicadores acabam aumentando. Como é o caso de furtos e roubos de veículos”, comenta.

Para Oliveira, os crimes relacionados a veículos são complexos. As razões para os furtos e roubos são diversas, explica o coronel. “Tem criminoso que rouba apenas para ter como chegar em casa, e logo depois abandona o produto do roubo. Tem aqueles que trocam por droga ou que vendem peças. E como esses crimes ocorrem em locais distintos, é difícil mapeá-los”, complementa.

O chefe do CRPO faz questão também de enaltecer a recuperação de veículos. Foram 89 neste ano. Segundo ele, a maioria é encontrada no mesmo dia ou no dia seguinte ao registro do crime. Entre as operações de destaque, ele cita a prisão de uma quadrilha de São Leopoldo que atuava em Estrela, por meio de dispositivos que bloqueavam sinais de controles e não acionavam os alarmes.

Com uma frota de quase 35 mil carros, Lajeado carece de policiamento para garantir segurança aos proprietários

Com uma frota de quase 35 mil carros, Lajeado carece de policiamento para garantir segurança aos proprietários

Mercado paralelo

Oliveira alerta para o mercado paralelo, principalmente relacionado à venda e compra de peças usadas. De acordo com o coronel, é esse um dos principais destinos de todos os veículos furtados ou roubados. “Nosso desafio é rastrear o destino das peças e carros. O grande problema é esse mercado paralelo que ainda abastece esse tipo de crime.”

Segundo o chefe do CRPO, ações conjuntas entre Polícia Civil, Brigada Militar e órgãos do Detran realizam constantes verificações em Centros de Desmanche de Veículos (CDVs), para avaliar a legalidade das peças oferecidas. No entanto, faz questão de ressaltar que já foram verificadas irregularidades também em empresas que implantaram o sistema do Detran.

 

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