Município reformula sistema de monitoramento nas praças

Lajeado

Município reformula sistema de monitoramento nas praças

Programa de internet em praças será interligado com a Brigada

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O governo trabalha para baratear o contrato e tornar mais efetivo o serviço do programa Cidade Digital, implantado em 2016. Transferência de câmeras de monitoramento para áreas próximas ao presídio e redução do cabeamento dentro de prédios públicos são as primeiras mudanças anunciadas. Economia inicial pode chegar a R$ 20 mil mensais para os cofres públicos.

A primeira mudança anunciada pelo prefeito, Marcelo Caumo, é repassar parte do controle sobre o programa para a Secretaria de Segurança Pública (SSP), coordenada por Paulo Locatelli. O objetivo é direcionar algumas câmeras de monitoramento – instaladas hoje em praças e áreas verdes do município – para pontos estratégicos.

Três dos 44 aparelhos já foram realocados. Eles estão agora em locais próximos ao Presídio Estadual, entre os bairros Moinhos e Florestal. “Vamos levar mais quatro câmeras para aquele local. A ideia é fechar o cercamento eletrônico do presídio, com abrangendo 360 graus”, diz Locatelli. Outras deverão ser levados para os entornos da Praça da Matriz, a principal da cidade.

O secretário de Segurança enaltece a qualidade dos aparelhos. Segundo ele, cada um armazena de 30 a até 35 dias as imagens. Todo o sistema de videomonitoramento também será coordenado por uma equipe da Brigada Militar (BM). “É uma forma de compensar o baixo efetivo e as poucas horas extras pagas aos policiais, e melhorar a tecnologia dos órgãos de segurança”, afirma.

Locatelli prevê maior facilidade para o trabalho da polícia e do judiciário. “Com imagens, é possível confirmar os crimes e ajudar na condenação de criminosos. Hoje, muitas câmeras estão em pontos sem necessidade. Não há uso”, resume. Para decidir os novos locais, o secretário pretende realizar, junto com a equipe da SSP, uma criteriosa análise em bairros mais distantes do centro. A ideia, explica ele, é avaliar pontos de maior risco aos moradores.

Menos pontos. Menos custo

Hoje, a empresa SuperLuc Informática, com sede em Guaporé, ainda recebe em torno de R$ 90 mil mensais. O valor será reduzido, inicialmente, para pouco mais de R$ 70 mil com a retirada de diversos Pontos de Acesso de Governo (PAG) do prédio da prefeitura. “Este foi o primeiro movimento para amenizar os custos deste programa”, enfatiza o prefeito.

O gestor reclama do excesso de pontos desnecessários. Segundo ele, um relatório está sendo montado por uma equipe da administração municipal, com objetivo de reduzir ainda mais o custo do contrato firmado pela gestão anterior. “Pedi uma análise de todos os pontos que realmente estão sendo ocupados. Os demais não nos interessam”, resume.

Saiba mais

O Projeto Cidade Digital iniciou em 2016 e o contrato com o executivo vai até 2012. Inicialmente, custaria cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos. Pelo contrato, o governo pagaria – antes dos cortes – quase R$ 100 mil mensais para a SuperLuc Informática. A empresa tem sede em Guaporé, e foi a única participante da licitação lançada em janeiro de e 2016.

A administração municipal repassa R$ 640 por mês por cada Ponto de Acesso de Governo (PAG), localizado em escolas, creches, postos de saúde, secretarias municipais e prefeitura. Cada um conta com internet, uma rede particular virtual (VPN) e telefone. Pelo acordo assinado no dia 9 de agosto, e conforme aditivo de assinado em setembro, são 93 desses itens.

O contrato também prevê 44 Pontos de Acesso Público (PAP), em praças, parques e áreas verdes do município. Em cada local, há internet via WiFI e uma câmera de monitoramento “On-Line”, full-hd, de 1,3 megapíxel e infravermelho para imagens noturnas. Cada ponto custa R$ 850 mensais. O acordo exige ainda dois pontos com “WiFi de Alta Densidade e Câmera de Monitoramento On-Line”, cada um custando R$ 1 mil por mês ao governo.

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