Governo inicia campanha de castração

Lajeado

Governo inicia campanha de castração

Previsão é esterelizar mais de 400 cachorros que estão sob cuidados de três ONGs

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A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) trabalha para iniciar uma nova campanha de castração no município. Com uma população de cachorros estimada em mais de 200 mil – três para cada habitante –, o governo demonstra preocupação com os animais abandonados. Hoje são pelo menos três ONGs tratando desses casos. Intenção é colaborar no controle.

De acordo com o secretário, Luís André Benoit, a primeira reunião entre os representantes das três ONGs, de cinco clínicas veterinárias particulares e integrantes da equipe de controle de vetores e zoonoses da prefeitura ocorreu ontem. O ativista e empresário Léo Katz, que ofereceu auxílio para aumentar a sede de uma das organizações, também participou.

Benoit reitera a necessidade de implantar um novo sistema de castração. Hoje cada uma das três ONGs – Saga, Apama e Apasfa – tem direito a encaminhar dois animais por semana para castração junto ao Canil Municipal. No entanto, o serviço esteve paralisado nos últimos meses, e deve reiniciar na próxima semana.

“Faltavam alguns materiais e produtos. Como fios cirúrgicos e alguns medicamentos. Agora, creio que poderemos reiniciar com as castrações no local”, informa o secretário. Segundo ele, em 2016, o governo municipal gastou mais de R$ 600 mil com remédios, mão de obra, ração e outros custos gerados no cuidado com os animais.

O objetivo do encontro, explica Benoit, é orçar valores de castração com as clínicas particulares, para tentar viabilizar um acordo entre as ONGs, o governo municipal e os veterinários. Hoje, segundo ele, os custos giram em torno de R$ 300 (para machos) e R$ 400 (para fêmeas) em Lajeado.

“Queremos baixar bastante esses valores. Para isso, as cinco clínicas veterinárias ficaram de encaminhar, até a próxima semana, suas propostas de orçamentos. A intenção é firmar um TAC para utilizar recursos oriundos de multas ambientais para custear as castrações.”

De acordo com Benoit, inicialmente, o município deve investir algo em torno de R$ 30 mil para atender mais de 400 animais. Todos cachorros. “Os cuidados com os gatos fazem parte de uma outra etapa desse processo. A ideia é criar um ciclo de conversas com esses profissionais e voluntários”, resume.

Secretaria do Meio Ambiente planeja realizar novo senso de animais

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Novos canis no projeto

Outro entrave a ser resolvido pela Sema são os canis improvisados. Um desses está localizado entre os bairros Conventos e Alto Conventos. A ONG Amando, Protegendo e Ajudando Muitos Animais (Apama) é uma das mais tradicionais de Lajeado e, faz alguns anos, enfrenta dificuldades financeiras para manter os cuidados com os animais.

Diante disso, Léo Katz chegou a oferecer, em 2016, um projeto arquitetônico para ampliar a sede do canil – que tem licença ambiental para tal atividade – localizado na estrada geral de chão que também leva a Santa Clara do Sul, e com mais de 200 animais. No entanto, diante de protestos de moradores próximos ao local, a proposta não deve sair do papel.

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