Apenas um projeto foi votado pelos vereadores na sessão de ontem. Após o pedido de acordo feito pelo líder do governo, Mozar Lopes (PP), o parlamento aprovou a renovação do convênio com o Hospital Bruno Born (HBB).
Sem outros projetos para serem votados, a sessão foi marcada por pedidos de redutores de velocidade na avenida Beira Rio. O primeiro a abordar o tema foi Marcos Schaffer (PMDB), que se mostrou preocupado com o tráfego no local após a morte da motociclista Marlete Teixeira, 49, na segunda-feira. “Foi mais uma mãe de família que perdeu a vida no trânsito.”
A cobrança foi reforçada pelos colegas de Schaffer. Ernani Teixeira (PTB) ressaltou a insegurança na via pelo desrespeito aos limites de velocidade. “Eu perdi uma filha na avenida, o limite é de 50km/h e o motorista estava a 90km/h, matando duas meninas, entre elas, a minha filha.”
Teixeria se mostrou incomodado com o fato de o Conselho de Trânsito ter negado o pedido para colocar um redutor de velocidade na avenida. “Descobri que o conselho tem mais poder do que nós vereadores, e se ele não quiser um quebra-molas o mesmo não é instalado.”
Lopes contrapôs os colegas chamando atenção para o fato de muitos acidentes serem causados pela imprudência de motoristas e pedestres. “Temos diversos pedidos de redutores, também não podemos virar a cidade dos quebra-molas.”
Sérgio Kniphoff (PT) alertou para necessidade de a mobilidade urbana estar presente nas discussões do Plano Diretor. “É preciso pensar uma cidade para os pedestres e não para os carros.”
Essas críticas e esclarecimentos sobre instalação de quebra-molas devem ser feitas ao Conselho de Trânsito. Os parlamentares decidiram convocar os integrantes do conselho para a próxima sessão, na terça-feira, 25.
Contrato da Stacione na pauta
Outro tema que apareceu nas manifestações foi o contrato com a Stacione. Éder Spohr (PMDB) classificou o acordo entre o município e a empresa responsável pelo estacionamento rotativo do município como “uma vergonha para a cidade.”
Spohr não foi o único a questionar o trabalho da empresa. Paulo Tori (PPL) também utilizou parte do seu pronunciamento para criticar as multas e a gestão do estacionamento. “Eu fui multado mesmo tendo créditos comprados, com isso, em outros estacionamentos esse crédito não era descontado antes da multa ser paga. Isso faz com que o município perca dinheiro.”