Professores da rede privada cobram aumento

Estado

Professores da rede privada cobram aumento

Magistério pede reajuste salarial de 7%, mas patronal considera valor inviável

Professores da rede privada cobram aumento
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Representantes de professores da rede particular participam hoje da segunda reunião para debater o reajuste salarial da categoria. O encontro ocorre em Porto Alegre com a presença do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) e do Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe/RS).

Os professores pedem um aumento salarial de 7% e a aproximação dos valores pagos pela hora-aula da Educação Infantil com a dos anos fundamentais. De acordo com o Sinpro/RS, os valores pedidos tem como base o aumento das mensalidades. De acordo com o sindicato, a média de reajuste praticado pelas instituições de ensino foi em média de 10%.

De acordo com a diretora da regional de Lajeado do Sinpro/RS, Justina Inês Lied, o reajuste no Vale foi maior, cerca de 13%. “No estado o reajuste das mensalidades, apenas na educação básica, foi de 11% e algumas escolas deram até 18%. E nos oferecem somente 4,6%.”

Além da questão salarial, os professores querem a redução no número de alunos em sala de aula. Hoje as turmas a partir do 6‘ ano podem ter até 38 estudantes por sala, número considerado alto pelo Sinpro/RS. Caso o encontro não tenha resultado positivo para a categoria, uma série de ações será feita pelo sindicato para “esclarecer aos pais” os motivos das reivindicações.

Valor Inviável

Presidente do Sinepe/RS, Bruno Eizerik considera que o valor de reajuste pedido pelos professores não será pago. “Eles estão pedindo quase 100% de ganho real sobre o salário, o que é impraticável. Com a redução no número de matrículas, essa pedida é completamente fora da realidade.”

Eizerik garante que o reajuste das mensalidades é menor do que o calculado pelo Sinpro/RS. De acordo com ele, os aumentos ficaram, em média, na casa dos 10%. Além disso, afirma que esses valores precisam cobrir outros custos além dos salários, como conta de luz e manutenção das escolas.

Outro ponto de conflito entre Sinpro/RS e Sinepe/RS é quanto ao tamanho das turmas. Enquanto o sindicato dos professores quer reduzir o número de estudantes por sala de aula, os representantes da patronal defendem o aumento, especialmente na Educação Infantil e entre o 6o e 8o ano.

Para o Sinepe/RS, somente com essa alteração será possível aproximar os valores da hora-aula de todos os professores. Hoje quem trabalha na Educação Infantil recebe R$ 14,96 por hora de trabalho, enquanto quem trabalha a partir do 6º ano recebe R$ 15,94. O Sinpro/RS quer que os valores sejam os mesmos, mas não admite que as turmas tenham mais alunos.

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