Aluno cria vaquinha on-line para viajar

Lajeado

Aluno cria vaquinha on-line para viajar

Giácomo Rabaiolli Ramos foi selecionado para curso de Relações Internacionais nos EUA

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O estudante Giácomo Rabaiolli Ramos, 15, foi admitido no programa de verão na Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA). Para cursar Relações Internacionais, o jovem precisa de auxílio financeiro. O objetivo é arrecadar R$ 8 mil, para custear a passagem, passaporte e visto. Para isso, criou um perfil no Vakinha, um site de financiamento coletivo.

Com a ajuda dos amigos, Giácomo já conseguiu juntar R$ 4 mil. “A ideia surgiu no ano passado, quando um brasileiro passou no mesmo programa em que fui admitido. Divulgou, na internet, dicas de como participar do processo e financiar a estada no exterior”, explica.

Giácomo nasceu em Putinga. Seu pais são padeiros. “Apesar das constantes trocas de escola, sempre me interessei nos estudos e sou apaixonado por explorar novas possibilidades”, conta.

Suas habilidades fizeram com que avançasse de forma precoce no Ensino Fundamental. “Aos 8 anos, meus pais se divorciaram. Passamos a morar numa antiga casa ao lado de um galpão dos meus avós”, recorda. Aluno de escola pública, foi premiado na Olimpíada Brasileira de Matemática. O resultado lhe rendeu bolsa de um ano do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC). Depois, recebeu bolsa integral no Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat).

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Passagem para um sonho

No início deste mês, ele foi aprovado em um programa de verão na Universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos. “É uma das mais renomadas instituições de ensino do mundo, situada no Vale do Silício”. Giácomo cursará Relações Internacionais: A Ética da Guerra. “Aprender com grandes professores sobre esse assunto, o qual desejo estudar na graduação”, explica.

A bolsa integral para o curso custa 6,5 mil dólares. “Fiquei extremamente feliz, porém, falta dinheiro. Vou fazer de tudo para que não seja o que me impeça de aproveitar a oportunidade”, menciona. O plano dele é tornar-se diplomata.

Giácomo estudará com jovens de diversos países. “Esta experiência vai mudar minha vida. Ajudar na construção da minha futura carreira na diplomacia, algo que estou muito interessado.” O programa serve de porta de entrada para a graduação na universidade. “Dará uma noção do que será meu curso na graduação, o ambiente nas universidades por lá.”

Fora do vestibular

O jovem resolveu apostar no programa internacional por receio de entrar em uma faculdade nacional. Diferente do Brasil, onde só uma prova decide a entrada na faculdade, nos Estados Unidos, há diferentes processos para a admissão. “Me interessei porque eles possuem uma visão mais holística dos estudantes”, comenta.

No curso, Giácomo passará três semanas estudando assuntos diplomáticos, que envolvem o tema de maneira global. “Vou aprender sobre justiça e ética, além de assuntos que envolvem história, sociologia, filosofia e geografia.” Segundo ele, o programa também oferece viagens para cidades próximas, como São Francisco. “Na maior parte do tempo, ficarei em Palo Alto, cidade onde está o câmpus de Stanford.”

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