Comunidade pede melhorias na mobilidade

Teutônia

Comunidade pede melhorias na mobilidade

Departamento de Trânsito reconhece desorganização e critica falta de planejamento

Comunidade pede melhorias na mobilidade
Teutônia

O aumento no número de habitantes e da frota de veículos traz problemas para a mobilidade das pessoas. A comunidade pede melhor sinalização, revisão da malha viária e mudança no sentido de ruas. O Departamento de Trânsito promete analisar as reivindicações.

Na rua Arthur Pilz, de mão única, no bairro Languiru, a construção de uma farmácia provoca críticas. A obra contava com recuo transversal à calçada, até a entrada do estabelecimento. Quatro placas indicam “estacionamento para clientes em compras.” A área é limitada para carros com design Hatch (de porta-malas integrado). Quando carros sedans ocupam as vagas, sobrepõem toda calçada.

O trecho fica próximo à rodoviária e tem circulação intensa de pedestres. Para percorrer o trecho, eles precisam caminhar em meio aos carros. O local é movimentado e pedestres afirmam que motos, carros, ônibus e caminhões circulam em velocidade acima do permitido. Jorge Nunes, 69, percorre o caminho todos os dias e teme ser atropelado. “Tenho que desviar pela rua, onde os carros passam muito rápido. Parece que as autoridades de trânsito andam com os olhos vendados. Esperam que algo aconteça para fazer alguma coisa”, critica.

Segundo a Brigada Militar, para a construção do recuo, a empresa deve solicitar informações e ter aval do Departamento de Trânsito. O Código de Trânsito (CTB) considera estacionamento sobre o passeio e faixa de segurança como multa grave. A multa prevista é de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na CNH. Além da remoção do veículo.

“Não me recordo ao certo, mas acho que a prefeitura liberou”, afirma a gerente da farmácia. Ao lado do empreendimento, foi construída uma loja com recuo semelhante, mas sem placa indicando estacionamento. A responsável pela loja afirma que a área é destinada à exposição da vitrinA.

Governo promete corrigir

O diretor de Trânsito, Carlos Alberto da Silva, desconhecia o caso e promete tomar providências.

Silva foi policial militar por 22 anos e tem experiência de dez anos como instrutor em Centro de Formação de Condutores (CFC) . O primeiro diagnóstico no setor revelou a desorganização da mobilidade urbana. “Tem muita faixa amarela em meio-fio, em frente a estabelecimentos que foram pintados sem autorização”.

Na Três de Outubro com a Vinte e Cinco de Julho, por exemplo, há parada de ônibus, faixa de pedestres e acesso para cadeirantes na esquina. Tudo isso no perímetro do semáforo.

Leonardo Costa é natural de Uruguaiana e mora em Teutônia faz três anos. Para ele, as duas cidades se assemelham na desorganização do trânsito.

A diferença está no número de habitantes: a cidade natal de Costa tem 130 mil a mais. “Os motoristas aqui são ‘meio facão’, como se diz. Na faixa de pedestres, não respeitam. Se estou com minha filha, em geral, eles param. Respeitam mais as crianças.”

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