O clima é de otimismo para a 18ª edição da Expodireto Cotrijal, feira internacional que segue até amanhã, em Não-Me-Toque. Conhecida por buscar e apresentar soluções para os mais diversos setores do agronegócio, espera receber mais de 210 mil visitantes, vindos de 77 países.
Considerada uma das maiores vitrinas de tecnologia de precisão, reúne numa área de 84 hectares mais de 500 expositores das áreas de máquinas e equipamentos para agropecuária, produção vegetal e animal e serviços, além de pesquisa. “A expectativa de safra de verão recorde traz otimismo. É uma feira que busca inovação e propostas para evoluir o trabalho no campo”, destaca o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica. É projetado um aumento de 15% nas vendas em comparação ao ano anterior (R$ 1,581 bilhão).
Para Mânica, após dois anos de recuo no PIB por conta da crise econômica e política, é chegada a hora da retomada. Há cada 14 meses, há mais de 100% em melhorias. Todas essas novidades tecnológicas estão aqui, assegura. No entanto, recomenda cautela na hora de comprar. “Analise o que é necessário e as condições de pagamento. O preço da soja e o dólar estão em queda”, destaca.
Conforme o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, foi de dentro do parque que se constituíram grandes debates políticos e de desenvolvimento, com decisões importantes, como a da soja transgênica. “Queremos que o produtor venha visitar o que nós temos a oferecer: informação da melhor qualidade e em todas as áreas de interesse”, pontua.
Reforma da Previdência
Amanhã ocorre a audiência pública referente à reforma previdenciária, coordenada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado. Mânica entende ser necessário fazer mudanças, no entanto, sem retirar direitos do produtor, responsável por cultivar alimentos. “Mantenha o homem no campo e as cidades sobreviverão, retire o homem do campo e as cidades desaparecerão”, dimensionou.
Emater faz “chover”
Em cada estande, uma novidade. Todas pensadas em melhorar a eficiência, a produtividade, reduzir custos e a gestão de todos os processos na área produtiva. Com equipamento cedido pela Embrapa Trigo, a Emater/RS-Ascar simula chuva.
O objetivo é mostrar aos agricultores o que acontece na lavoura e no bolso quando a água encontra duas situações diferentes: solo protegido por uma espessa camada de palha (12 toneladas por hectare) e solo onde a quantidade de palha está aquém do recomendado. “A consequência disso é a perda de nutrientes, de solo e perda de dinheiro”, enfatiza o engenheiro agrônomo Rafael Goulart Machado.
