Cpers convoca para greve

Vale do Taquari

Cpers convoca para greve

Na região, decisão será de construir a paralisação junto aos professores e pais

Cpers convoca para greve
Vale do Taquari
oktober-2024

Em assembleia geral, realizada ontem à tarde em Porto Alegre, o Cpers decidiu aderir à greve nacional da educação por tempo indeterminado, a partir do dia 15, conforme orientação do Conselho Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE).

Questão salarial e pacotes de medidas dos governos federal e estadual, bem como as reformas trabalhista, da Previdência e do Ensino Médio foram os principais motivos da decisão. Em nota, o governo estadual definiu a decisão como “inoportuna”.

Conforme a diretora do 8o Núcleo do Cpers, Luzia Hermmann, a partir de agora, é preciso buscar apoio nas bases, pois todos serão atingidos com as reformas que estão por vir. “Nossa região é característica de problemas com a mobilização, mas é a nossa tarefa, não temos alternativa.”

Segundo Luzia, a Reforma da Previdência é uma das bandeiras defendidas, pois atingirá não só professores, mas todos trabalhadores. “Nossa tarefa é conscientizar pais e professores de que é preciso é fazer um movimento forte para barrar. É sério, é grave. Devemos nos mobilizar.”

Escolas de todo o Brasil devem interromper as atividades para lutar pela melhoria dos serviços na educação, tutela do Estado. A data foi definida no 33º Congresso do CNTE, realizado entre 12 e 15 de janeiro, em Brasília.

A greve nacional da educação tem a perspectiva de fortalecer a construção de uma greve geral de toda a classe trabalhadora. A mobilização da confederação e entidades filiadas tem como principais reivindicações o cumprimento do piso salarial e acabar com a reforma previdenciária.

Cenário pode mudar

As últimas greves deflagradas pelo Cpers não tiveram um resultado significativo na região. De acordo com a professora Fernanda Klafke, a baixa adesão isolou alguns professores que tentam aderir às reivindicações.

Ela afirma que haverá paralisação na escola Érico Veríssimo, em Lajeado, mas não sabe se os colegas de profissão estarão dispostos a continuar a greve por tempo indeterminado. Sobre a possibilidade de o cenário mudar, afirma que é preciso tentar. “Os direitos estão sendo tirados e as pessoas não podem deixar por isso mesmo. Falta um espírito de luta maior na região.”

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