A administração voltará a usar mão de obra prisional para melhorias na cidade. O primeiro trabalho dos detentos do Presídio Estadual de Lajeado será limpar e pintar o Cemitério Municipal do bairro Florestal.
O trabalho será iniciado na segunda-feira, por cinco presos do regime semiaberto. A supervisão será feita por um funcionário da Susepe, e a organização pelo engenheiro e membro da Associação Pró Segurança Pública (Alsepro), Léo Katz.
Para o secretário do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas), Lorival Silveira, a mão de obra prisional é uma ótima alternativa, ainda mais quando se pensa em redução de custos, e não há efetivo necessário para o trabalho.
“Sempre dependíamos de servidores de outras repartições ou era necessário contratar uma empresa terceirizada. A partir disso, a parceria é uma alternativa viável.”
Segundo ele, a ideia é ampliar o uso da mão de obra prisional para reduzir custos à administração.
Dentre os serviços planejados para os detentos estariam os sepultamentos. Hoje o município paga R$ 300 para a concretagem de cada gaveta.
Alternativa para os presos
Léo Katz foi o responsável por renovar a parceria com o Executivo. Na gestão passada, os presos já haviam trabalhado na calçada da Praça da Matriz, em outros espaços públicos e nos preparativos da Expovale.
Katz conta que a sugestão veio do prefeito, no término do Presídio Feminino e reforma da ala masculina. “Ele disse: Vamos fazer um combinado, consegue presos para pintar as capelas mortuárias, que eu dou a tinta para pintar o presídio. Fizemos e deu certo.”
Com a troca de gestão, o assunto voltou a ser tratado. Ele acredita que, além de ser útil ao município, o trabalho contribui para a ressocialização dos presos, que ainda ganham redução de pena e sextas básicas a cada duas semanas. “Estão dando um retorno à sociedade.”
Projeto de recuperação
Com mais de cem anos, o Cemitério Municipal deve passar por reforma. No ano passado, um projeto de reformulação foi apresentado pelo município. Entre as melhorias, está a construção de mais 240 gavetas.
A ideia é padronizar todas as sepulturas, e ainda manter um serviço de vigilância, limpeza e manutenção constante para o espaço público.
