Turno inverso vira opção em Arroio do Ouro

Estrela

Turno inverso vira opção em Arroio do Ouro

Escola fechada no fim do ano passado pode ser usada por alunos de Linha Delfina

Turno inverso vira opção em Arroio do Ouro
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oktober-2024

O colégio de Arroio do Ouro receberá em no turno inverso estudantes de Linha Delfina. A instituição atendia alunos do 1º ao 5º ano até ser fechada, no fim de 2016 devido ao baixo número de matrículas.

Segundo o secretário de Educação, Marcelo Mallmann, a instituição contava com 12 alunos. A partir de agora, pelo menos oito frequentam a escola de Linha Delfina. Quatro deles, haviam passado para o sexto ano e, de qualquer forma, deixariam o colégio.

Para não deixar o espaço ocioso, o local sediará atividades de turno inverso. O objetivo é desenvolver parte dos trabalhos, que já ocorrem no educandário de Linha Delfina. A escola recebe alunos a partir de quatro anos de diversas localidades vizinhas.

Em Arroio do Ouro, prevalecem famílias idosas. A aposentada, Sônia Terezinha Scheren, 57, reside faz 18 anos na comunidade. “Desde aquela época diziam que a escola ia fechar por falta de alunos.” Para evitar o encerramento, matricularam a filha no educandário. Segundo ela, nos últimos anos o número de crianças reduziu ainda mais.

Augusto Moraes, tem oito anos, e já fazem dois, que frequenta a escola de Linha Delfina. Um ônibus contratado pelo município faz o transporte. Conforme o pai dele, Marco Antônio Moraes, 53, em Linha Delfina o município oferta turno integral.

Como ele e a esposa, passam o dia fora, optaram por matricular o filho na instituição. “A escola não é longe, em 15 minutos ele chega. A prefeitura disponibiliza transporte e desta forma garantimos que ele não passará parte do dia sozinho em casa.”

Educação infantil

A escola de Arroio do Ouro tem um espaço conservado. Para aproveitar melhor o local, o vereador Márcio Mallmann (PP) articula com lideranças locais a possibilidade de implantar uma escola de Educação Infantil no complexo.

O assunto é avaliado pela Secretaria de Educação. Um estudo detalhado será feito. O vereador estima que 70 a 80 crianças, de diversas comunidades vizinhas, poderiam ser atendidas.

Moradores desconhecem proposta

O aposentado José Wille, 73, mora em frente a escola. Ele não ouviu falar no assunto. A aposentada Sônia Scheren, também não conhecia a proposta. “Ouvi falar no turno inverso, mas educação infantil não.” Segundo ela, não houve articulação sobre a implantação desse sistema na comunidade. “São poucas crianças nessa faixa etária”, comenta.

Dificuldade para os pais

A auxiliar de serviços gerais, Vanessa Cristina Kaser, 28, reside e trabalha em Linha Delfina. Ela tem uma filha de três anos e, todos os dias, precisa se deslocar até a cidade para deixar a menina na Casa da Criança. “São quatro viagens.”

De acordo com ela, ficaria mais prático se houvesse uma creche em Arroio do Ouro. Da casa dela, até a comunidade são três quilômetros. Para ela a proposta é interessante, mas não acredita que saia do papel tão cedo.

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