Insegurança em acesso gera reclamações

Teutônia

Insegurança em acesso gera reclamações

Tráfego de caminhões na saída de empresas na Via Láctea na localidade de Vila KS

Insegurança em acesso gera reclamações
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Falta de infraestrutura na Via Láctea preocupa moradores da Vila KS. No quilômetro 24 da ERS-128 (Via Láctea), no bairro Canabarro não há rótula ou trevo nos dois únicos acessos à localidade. As 70 famílias que residem ali, precisam redobrar a atenção na travessia.

A aposentada Sebastiana Moraes, 65, reside a 150 metros da estrada. Ela relata que os vizinhos precisam atravessar a Via Láctea em horários de mais movimento. Além disso, percebe que a partir das 6h o fluxo de caminhões e ônibus se intensifica em ambos sentidos.

Nos sete anos em que mora na localidade, presenciou quatro acidentes. O filho e um sobrinho já ficaram feridos. “Essa é a principal faixa para a BR. Os motoristas não se importam se tem crianças ou jovens querendo atravessar, continuam na mesma velocidade”, reclama.

Muitas demandas, poucas soluções

Tiali Samuel Nunes Pereira, 23, sugere a instalação de um trevo em um dos dois acessos. Afirma que a proximidade com uma curva dificulta a visibilidade. “Não tem como ver. Se olhar para baixo (sentido BR-386) tem uma curva e se olhar para cima, os caminhões vem muito rápidos”.

As mudanças apresentadas pelo Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer) são incompatíveis com o número de demandas da via. Além da Vila KS que não possui rótula, existe a necessidade de buscar soluções para os outros 167 acessos encontrados ao longo de dez quilômetros.

A organização afirma que fechar uma rótula (Languiru ou Canabarro) e instalar uma lombada eletrônica é a mais provável. Entretanto, não há prazo para melhorias.

Desenvolvimento barrado

Na Vila KS está instalada uma empresa de esquadrias e móveis em madeira. A secretária Daiane Portela Ramos, 29, relata que até chegar ao trabalho precisa percorrer 800 metros até o retorno mais próximo. “Venho de Canabarro e às vezes chego no acesso à fábrica mas não tem como entrar. Preciso ir até o posto de combustíveis mais à frente”.

A empresa também é responsável pela entrega do material. Os pedidos se acumulam para evitar muitas saídas por dia. Próximo às esquadrias ainda há um prédio industrial para alugar. Um representante de imobiliária relata que os interessados na área refutam em fechar o negócio por causa da falta de mobilidade. “Tem infraestrutura para uma grande empresa, mas como fica para os funcionários, carga e descarga de material?”.

Secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Alexandre Peters, afirma que há um estudo sobre toda margem da Via Láctea voltado para o segmento. O objetivo é identificar as falhas e traçar um panorama até o fim do ano. O material deve servir de base para possíveis soluções que viabilizem o ingresso de mais empresas e qualifiquem a mobilidade para as que já estão instaladas.

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