Governo eleva teto e anima o mercado

Vale do Taquari

Governo eleva teto e anima o mercado

O aumento de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil na renda familiar para liberação de financiamento pelo programa habitacional traz boas perspectivas ao setor imobiliário. Empreendedores da região aguardam confirmação das medidas para conhecer qual será o limite de empréstimo para compra de imóveis.

Governo eleva teto e anima o mercado
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O Programa Minha Casa Minha Vida terá mudanças. A criação de uma nova faixa de financiamento é uma delas.

Isso aumenta o teto máximo da renda para aquisição de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil.
O formato permite investir em imóveis de até R$ 300 mil, nas capitais. Hoje o limite é de R$ 225 mil. Na região, é de R$ 130 mil.

O novo segmento usa financiamento com recursos oriundos do FGTS. Os juros anuais são maiores em relação às outras e atingem 9,16%.
O teto da renda e do valor dos empreendimentos das demais faixas será revisado. Não está confirmado se a correção abrange a linha 1. A modalidade é válida para famílias com renda de até R$ 1,8 mil.

O imóvel é quase todo pago com dinheiro do Tesouro Nacional. As demais usam recursos do FGTS e do FAR.
O governo faz o anúncio oficial na segunda-feira, às 15h30min. O limite do novo teto fora das capitais será divulgado nos próximos dias. A medida é uma forma de impulsionar o crescimento do mercado imobiliário.

Impacto na região

Na avaliação do presidente do Sinduscon-VT, Roberto Jachetti, o setor está otimista com as alterações. Segundo ele, o juro previsto pode ficar ainda mais baixo. O caso se aplica na aquisição do primeiro imóvel.
A modalidade fica interessante para venda de propriedades que não estavam enquadradas no programa. Além disso, clientes que não se encaixam nas outras faixas serão atingidos.
Conforme Jachetti, os empreendimentos voltados ao Minha Casa Minha Vida foram um dos segmentos que apresentaram retração. No geral, a queda foi de 20%. Além do cenário econômico, a incerteza e a dificuldade para obter crédito têm sido complicadores.

Qualidade e preço

O vice-presidente da entidade, José Zagonel, também está otimista. Ele considera necessária a revisão das modalidades. “Hoje R$ 130 mil, praticado na faixa 2, limita muito a aquisição de um imóvel.”
De acordo com ele, é grande a diferença de valores dos imóveis em relação ao limite estabelecido pelo programa. Isso afasta muitas pessoas da aquisição da casa própria. “Para produzir empreendimentos com materiais de qualidade e em uma boa localização, o custo supera o estabelecido.”
Conforme ele, apesar do ano ter sido positivo nas vendas do seu negócio, a crise foi percebida pelo setor. Hoje ele tem cerca de 12 apartamentos em estoque. “Nos anos que as vendas estavam em alta, o número de apartamentos em estoque era mínimo.”

Entre altas e baixas

O setor imobiliário do Vale sentiu menos os efeitos da crise. A retração mais perceptível ocorreu no último trimestre de 2016. Conforme Jachetti, o mercado não está na mesma euforia, em relação a outros anos.
Com um novo cenário econômico, o número de lançamentos e construções reduziu. Aspectos como a qualidade dos materiais e localização são determinantes para viabilizar os empreendimentos.
Outro efeito foi a permanência apenas de profissionais da área no ramo. No período de euforia, pessoas sem experiência ingressaram no setor. O fato provocou a inflação do mercado.
Apesar disso, Jachetti considera que o último ano foi positivo. O segmento de alto padrão, oferecido para classe média alta, foi o mais procurado. Os apartamentos também tiveram ampla procura.

 

Impacto na geração de emprego
As adaptações para se enquadrar no mercado refletem no número de empregos na construção civil. Nos últimos dois anos, o saldo de empregos foi negativo em Lajeado.

Em 2015, foram fechados 41 postos de trabalho. Em 2016, houve pequena recuperação, mas foram reduzidos 16 vagas.

 

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Estoques

As incorporadoras de Lajeado acumulam imóveis no estoque. Para reduzir o número, o governo federal estuda medidas para estimular as vendas.
Para isso, cogita aumentar o valor máximo que podem ser financiados com recursos do FGTS no mercado.

O limite atual de R$ 950 mil pode aumentar para R$ 1,2 milhão ou R$ 1,5 milhão. Os números são válidos para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Medida não incluiria unidades usadas.

 

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