“Foi homicídio”, afirma delegado Reis, de Estrela

Estrela

“Foi homicídio”, afirma delegado Reis, de Estrela

Câmeras de empresa próxima mostram três carros

“Foi homicídio”, afirma delegado Reis, de Estrela

A Polícia Civil (PC) descarta a possibilidade de roubo seguido de morte no caso do empresário Jonas Vieira, 31, assassinado no domingo com golpes de barra de ferro na cabeça. Para o delegado, José Romaci Reis, o proprietário da Delta Caldeiras foi morto em um intervalo de 14 minutos, período em que um veículo escuro não identificado ficou estacionado em frente à empresa.
Ontem, Reis e outros agentes da PC analisaram as imagens de uma câmera de monitoramento instalada em um estabelecimento vizinho, no bairro Novo Paraíso, no quilômetro 43 da Rota do Sol. Já os aparelhos que armazenavam as filmagens de vigilância da empresa de Vieira foram os únicos objetos levados durante a fuga dos criminosos.
Conforme as imagens recuperadas, que segundo Reis são de “qualidade ruim”, a vítima foi a primeira a chegar ao local. O carro dela é visto estacionando dentro da empresa exatamente às 20h36min. Passados 11 minutos, às 20h47min, Jonatan Luís Fruhauf, um ex-funcionário da Delta Caldeiras e sócio de Vieira em um outro estabelecimento, também chegou de carro.
Os dois empresários ficaram cinco minutos sozinhos no local. Às 20h53min, um carro escuro – o delegado não conseguiu precisar a cor exata do terceiro veículo, e tampouco a placa – parou no pátio da empresa. Lá, ficou estacionado até as 21h07min, e depois saiu. “Conseguimos identificar essa movimentação pelos faróis dos veículos. As imagens foram feitas de longe”, lamenta Reis.
De acordo com depoimento de Fruhauf, prestado ontem, na delegacia, e que durou cerca de três horas, três homens encapuzados teriam entrado na empresa. Eles estariam, segundo o sócio, armados com revólveres e vestindo roupas escuras e compridas. Segundo as perícias iniciais, nenhum disparo de arma de fogo teria ocorrido na cena do crime.
Fruhauf disse ao delegado ter sido amarrado – pés e mãos – em uma cadeira com plástico do tipo “insulfilm”, e levado até um almoxarifado, onde teria sido derrubado pelos criminosos. Já o corpo da vítima estava deitado atrás de uma mesa, em um outro cômodo do imóvel, utilizado como escritório central da empresa.
O sócio teria se desvencilhado das amarrações e encontrado Vieira caído. Após, afirma ter ido até a beira do rodovia para pedir ajuda. A Brigada Militar (BM) e o Samu foram chamados por volta das 00h10min de segunda-feira. Ao chegarem ao local, ambas as guarnições já encontraram a vítima morta.

Contradições entre sócio e familiares

No depoimento, Fruhauf reiterou o que havia dito a Reis de forma informal, ainda no dia do crime, e garantiu ter sido Vieira o responsável por marcar uma reunião no domingo à noite. No entanto, de acordo com o próprio delegado, há contradições entre ele e familiares da vítima.
“Não está muito claro ainda quem convidou quem para a reunião. O Jonatan afirma que foi o Jonas quem o convidou. No entanto, os familiares da vítima garantem que foi Jonatan quem ligou para marcar o encontro.”
Até o fim da tarde de ontem, o delegado seguia ouvindo testemunhas, familiares e conhecidos da vítima e do sócio. Vieira não tem antecedentes criminais e, segundo Reis, não tinha desafetos.

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