O Vale do Taquari vai utilizar pela segunda vez o voto biométrico. Em Lajeado, onde há 58.054 cadastrados para o pleito deste ano, serão 12.224 eleitores votando pelo novo modelo. “Aqui a votação é chamada de ‘mista’, pois muitos ainda apresentam normalmente o título de eleitor no momento da votação”, explica o técnico judiciário, Júlio Cesar Cirolini.
Ele atua no Cartório de Lajeado, a 29ª zona eleitoral do Estado. Lá, é responsável por oito municípios. Em seis deles, 100% do eleitorado já cadastrou as impressões digitais e votará só por esse modelo no domingo. São eles Canudos do Vale, com 1.788 eleitores; Forquetinha, com 2.298; Marques de Souza, 3.413; Progresso, 4.682; Santa Clara do Sul, 4.844; e Sério, com 1.969.
Já em Cruzeiro do Sul, ocorre a mesma situação verificada em Lajeado. Do total de 10.369 eleitores aptos a votarem no domingo, 1.496 devem se identificar aos mesários por meio da impressão digital dos polegares e indicadores. “Quem não se cadastrou no sistema biométrico vota da mesma forma tradicional”, salienta.
Diferente de 2014, quando o modelo já foi utilizado em Canudos do Vale, Forquetinha, Marques de Souza e Sério, os técnicos acreditam em menos problemas na identificação do eleitor. “Daquela vez, eram oito tentativas para identificar a impressão digital. Não funcionando, o mesário checava o documento. Agora, serão quatro testes e, se não funcionar, basta o eleitor portar documento com foto e informar o ano de nascimento para confirmação do mesário”, informa.
Segundo Cirolini, dedos calejados e machucados foram as principais causas para as falhas apresentadas pelo sistema biométrico em 2014. “Percebemos muito isso em cidades do interior, onde é mais comum a lida no campo, e os eleitores acabam machucando mais o dedo, dificultando um pouco a identificação”, diz.