Após espera, ponte recebe obra paliativa

Lajeado

Após espera, ponte recebe obra paliativa

Moradores pedem uma estrutura de concreto devido ao fluxo de veículos pesados

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Após espera, ponte recebe obra paliativa
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Após meses de reclamações a respeito dos estragos na ponte da rua Reinaldo Saffran, no bairro São Bento, a estrutura deve passar por reformas.

A obra, que começou na segunda-feira, 7, deve solucionar problemas como a fragilização da base, apodrecimento da área de circulação, buracos, pregos e parafusos soltos.

De acordo com o secretário de Obras e Serviços Urbanos (Sosur), Osmar Rossner, o trabalho está parado em função de uma falha de execução. A equipe de engenharia da administração municipal esteve no local e detectou problemas referentes ao material que seria usado.

Conforme Rossner, as medidas e o tipo de madeira não eram o mesmo que o estabelecido no contrato com a empresa responsável pela reforma. O contratempo, relata, já foi resolvido e os trabalhos devem ser retomados até amanhã, 10. “A bitola da madeira não estava de acordo, e estavam usando um tipo de eucalipto que é muito fraco”, comenta.

Para ele, com o uso do material adequado, e mesmo sendo uma via pela qual veículos pesados passam constantemente, a reforma deve durar até cinco anos. As melhorias também devem ser empregadas em duas pontes do bairro Conventos. As restaurações devem ser concluídas até a próxima semana. “A empresa responsável de imediato se propôs a fazer as adaptações e logo estará tudo pronto”, conclui.

Atenuante

De acordo com o pedreiro aposentado, José Emir de Farias, que mora próximo à passagem do bairro São Bento há mais de dez anos, a reforma ajuda, mas não resolve o problema. Para ele, a circulação de caminhões com cargas superiores à capacidade da ponte e máquinas é um dos agravantes. Fragilidades do terreno no entorno, relata, também diminuiriam a vida útil da estrutura.

Segundo Farias, a única solução definitiva seria o aterramento de parte da área, que fica próxima às extremidades da travessia, e a construção de uma ponte de concreto. “Quando chove, isso alaga direto e a água leva um monte de terra”, indica.

A sinalização e o local onde a ligação foi construída preocupam os moradores. Conforme Farias, existe apenas uma placa que informa a capacidade máxima de sustentação, mas nada sobre a angulação da curva. “Muita gente já se arrebentou aqui, não precisa vir muito rápido para correr o risco de não ver uma ponte em curva no meio do mato”, afirma.

Rossner reconhece que a instalação de uma ponte de concreto seria o mais indicado, mas diz que a renovação da madeira vai suprir as demandas locais. Conforme ele, hoje a Sosur não tem verba para uma obra mais dispendiosa, portanto, não há prazo para uma solução mais efetiva. “Está nos nossos planos, mas ainda não dá pra dizer quando será feito”, conclui.

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