PDT anuncia saída da coligação com PT

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PDT anuncia saída da coligação com PT

Partido comunica decisão na terça-feira, quase sete meses antes das eleições

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Uma entrevista coletiva foi anunciada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) para às 13h30min desta terça-feira, no plenário da câmara de vereadores.

Líder da sigla na região, o deputado estadual Enio Bacci anunciará oficialmente o rompimento com a coligação vencedora do pleito de 2012.

A previsão do partido é indicar o vice-prefeito em uma dobradinha com o PMDB, que deixou o governo em dezembro. Bacci mantém a cautela. Avisa que os correligionários serão chamados durante o fim de semana e na segunda-feira para dialogar.

“Estamos avaliando todas as possibilidades. Não seria ético de minha parte anunciar nossa decisão agora. Não vamos antecipar isso. Mas, em função da angústia por uma decisão, resolvi acelerar o processo”, avisa.

O PDT tem três secretários no governo do prefeito Luís Fernando Schmidt. Gerson Teixeira, na Segurança Pública, Neca Dalmoro, na Cultura e Turismo (Secultur), e Ivanete Fracaro, no Desenvolvimento e Inovação (Sedei). “Vamos conversar com os secretários na manhã de terça-feira”, avisa o deputado. Há possibilidade de alguns romperem com o partido e seguirem nos cargos.

Sobre uma possível aliança com o PMDB, Bacci também prefere se resguardar, e também deixa em aberto a possibilidade de nova coligação com o PP. “Não descartamos alianças com nenhum desses partidos. Mas, primeiramente, vamos decidir os nossos rumos internamente. E o primeiro passo é definir o futuro da atual coligação.”

O PDT participou das coligações vencedoras dos últimos dois pleitos municipais. Em 2008, estava coligado com o PP de Carmen Regina Cardoso e Sidinei Zen. Quatro anos depois, apoiou a oposição do PT, responsável por quebrar um ciclo de 16 anos de governos progressistas. Em 2004, havia lançado Enio Bacci como candidato próprio a prefeito. Ele foi derrotado pelo PP por 1,8 mil votos.

Radialista como vice-prefeito

Mesmo sem confirmar oficialmente, o PDT já tem seu indicado para concorrer a vice-prefeito caso se confirme a possibilidade de coligação com o PMDB. O radialista Renato Worm filiado à sigla desde agosto de 2015, é o principal nome do partido, acima inclusive dos atuais secretários municipais e do único vereador, Ernani Teixeira.

“A prioridade é coligar com o PP”, avisa Cervi

Presidente do PMDB em Lajeado, o empresário Celso Cervi confirma ter sido procurado por líderes do PDT. “Na terça-feira eles devem formalizar o apoio à candidatura da Márcia Scherer para prefeita.” Ele também atesta que o partido liderado por Bacci colocou à disposição o nome do radialista Renato Worm.

Apesar disso, Cervi garante que o PMDB vai insistir em uma coligação com o PP. “A nossa prioridade é ter o PP ao nosso lado. Já convidamos, e até o momento eles não nos disseram ‘não’. Queremos eles como vice na nossa chapa”, reitera. “Mas são muitas frentes no partido. Está difícil”, acrescenta. Caso não ocorra, a dobradinha será mesmo entre Márcia Scherer e Renato Worm.

PP conversa com ambos os partidos

Presidente progressista em Lajeado, Isidoro Fornari afirma que o principal objetivo neste momento é confirmar um grupo de oposição. Segundo ele, PMDB e PDT são “bem-vindos” neste contexto. “Não falamos em nomes e não dissemos que indicar o nome do candidato a prefeito é uma condição para nos coligarmos. Nossa condição agora é, em primeiro lugar, discutir plano de governo.”

Segundo Fornari, os candidatos a prefeito e vice devem ser discutidos só depois de confirmada a coligação. Para ele, é preciso atentar para o que todos os partidos decidirem ser o melhor para a administração pública. “Dentro do grupo, é preciso verificar os principais perfis, independente da sigla.” Ele afirma que as siglas do DEM, do PSD e do Partido Novo já formalizaram apoio.

PSDB quer discutir plano de governo

O nome do empresário Ito Lanius como candidato próprio pelo PSDB ainda é avaliado pelos líderes da sigla. Conforme o presidente tucano em Lajeado, Carlos Rodrigo Reckziegel, a indicação para majoritária é uma convicção interna dos correligionários. “Possuímos um grupo forte, embora não apareça tanto quanto outros partidos. Temos a convicção que Ito é o nome ideal para o momento.”

Reckziegel confirma diálogos com outros partidos. Entre eles, PP, Novo e PSD. “Já conversamos duas vezes com líderes do PP. Também houve conversa com PMDB, mas isso há mais tempo. A maioria das siglas não pensa em discutir projetos. Mas, sim, em só tirar o PT. O mesmo que foi feito contra o PP, em 2012, e que no fim resultou em uma coligação que não durou todo o mandato.”

PT não foi avisado

Presidente municipal do PT, Ricardo Ewald afirma não ter conhecimento de tal decisão por parte do PDT. “Não fui avisado. Sinceramente, não sei de nada.” Se confirmar a saída do PDT, o partido capitaneou a coligação vencedora de 2012 ainda manteria coligados as siglas do PSB, PSC, PTB, PSD, PPS, PPL, PROS e o REDE.

No entanto, pelo menos duas dessas siglas podem romper com a coligação nos próximos dias. O PSD, que ainda mantém alguns cargos comissionados deve ser o primeiro. É dada como certa a ida dele para o grupo do PP. O outro é o REDE, que possui Ccs na prefeitura, mas cujo principal expoente na cidade, o vereador Ildo Salvi, está próximo de se unir com os progressistas.

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