A garantia do direito de ocupação de espaços públicos tem se tornado assunto recorrente entre pessoas envolvidas com produção cultural. A inquietação motivou a criação do Arte na Praça da Matriz, evento que chega a sua segunda edição no domingo, 21.
De acordo com a presidente da Associação de Artesão do município, Leila Kauffmann, organizadora do encontro, um dos objetivos é valorizar áreas de uso comum. Ambiente, cujo potencial, destaca as vezes é subestimado.
As inscrições para expositores estão abertas, e devem ser feitas na Casa de Cultura. Até o momento mais de 30 artistas confirmaram participação. Conforme Leila a expectativa é de superar a edição de estreia, que teve quase 50 bancas, com representantes de Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Marques de Souza, Cruzeiro, Tamanduá, Forquetinha, e Gravataí.
A partir das 10h é possível conferir bancas de tricô, croché, bordado, patch work, bonecos, pintura em madeira e pano. Também haverá utensílios de material reciclável como garrafas de plástico, vidro e sobras de construção, além de lanches caseiro. Segundo Leila, uma grande diversidade de técnicas modernas e tradicionais será apresentada. “E o melhor é que como é um espaço público não é preciso pagar aluguel, nem cobrar taxa de inscrição”, comenta.
Para ela, a organização da atividade nesse formato revela uma série de potencialidades a serem exploradas. Dessa forma, indica, é possível alcançar uma dimensão e público maiores do que em locais fechados. “A ideia é fazer todo o terceiro domingo do mês”, propõe.
Retorno
De acordo com a artesã, Eunice Ferri Lang, que trabalha com objetos de madeira, o evento tem tudo para dar certo. Há 15 anos ela e o marido, Adalberto Lang, confeccionam, casinhas de passarinho, caixas de correio, mesas dobráveis, e peças de decoração.
A primeira edição do Arte na Praça da Matriz, recorda, foi um dia muito quente, mas o movimento foi intenso. Para superar as expectativas, ela revela ter intensificado a produção. “O pessoal gosta bastante desse tipo de material, é diferente”, pondera.
Eunice já levou seu trabalho a feiras em todo o estado, passando por Nova Petrópolis, Santa Cruz, Candelária, Vera Cruz, Igrejinha. O objetivo, declara, é abrir o leque de alcance. Mas diz que ainda é preciso conquistar o público na região.
