O anseio pelo resgate e preservação de uma história de vida que mudou a dinâmica de desenvolvimento de uma cidade. Tal sentimento motivou o ex-prefeito, Paulo Steiner, a estrear na função de escritor e lançar o livro Arnesto Dalpian: História, Vida, Realizações. A apresentação da obra ocorre neste domingo, 6, às 17h30min, na Casa do Museu.
O currículo de Steiner é composto por experiências que vão de professor primário a cargos públicos. Mas, além da publicação esporádica de artigos em jornais, é a primeira vez que se aventura no ramo da literatura. Inspirado pela convivência, com o primeiro prefeito do município, Arnesto Dalpian, e pela influência que ele teve no crescimento da cidade, Steiner começou uma pesquisa. O contato inicial com Dalpian ocorreu em 1966, quando o autor era extensionista rural.
A partir dessa oportunidade, a admiração e a colaboração foram crescendo, até que Steiner se tornou vice-prefeito de Dalpian, de 1983 a 1988. O escritor revela que, desde o primeiro mandato, um dos marcos do trabalho de Dalpian era a habilidade para estabelecer parcerias entre poder público, iniciativa privada e população. “Nesse período me impressionei com o jeito de ser e com suas habilidades na gestão da coisa pública”, relata.
De acordo com Steiner, as experiências como empresário e gestor de uma cooperativa de comerciantes e produtores rurais em Coqueiro Baixo contribuíram para que o amigo se tornasse popular. “Ele sabia, acima de tudo, negociar com as pessoas”, comenta.
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Principais realizações
O homenageado foi eleito prefeito três vezes. Conforme Steiner, foram momentos distintos em que o crescimento do município se evidenciou de formas diferentes. Entre 64 e 68, Dalpian se destacou por superar uma situação precária. Na época, o município era carente de infraestrutura viária e de serviços. “Foi com muito pouco, que tudo começou e ele se definiu como gestor público e homem de finanças”, esclarece.
No período que vai de 73 a 76, a falta da rede elétrica, abastecimento de água, escolas e pontes, começou a ser superada. Suprir essas necessidades era um desafio a ser superado, pois havia pouco diálogo com o estado e com o governo federal. Era uma época de transição, em que a economia começou a se fortalecer.
Segundo Steiner, o ponto alto dessa evolução ocorreu no terceiro mandato, entre 83 e 88. Nesses cinco anos, a cidade atingiu outro patamar. Havia mais recursos estaduais e federais, e os planos de governo se tornaram mais pretensiosos.
A infraestrutura urbana se desenvolveu, as redes escolar e de saúde se qualificaram, e as atividades rurais ganharam ainda mais prioridade. “Ele ajudou a organizar produtores, criar associações de água, fornecia insumos a preço de custo”, afirma.