Calor antecipa proliferação de insetos

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Calor antecipa proliferação de insetos

Em pleno inverno, município recebe pedidos para combater infestação de mosquitos

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Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Lajeado – O inverno deste ano, um dos mais quentes da história, tem provocado um fenômeno incomum na cidade. Moradores relatam a antecipação do surgimento de focos de mosquitos, pernilongos e borrachudos e outras pragas urbanas.

Crédito: Anderson LopesGilmar Alves, 39, mora faz cinco anos próximo à av. Décio Martins Costa. Afirma que, quando chega a tardinha, é preciso fechar as janelas e ligar aparelhos contra mosquito. “Se não fizer isso, enche de pernilongo e não tem como dormir.”

O aumento na incidência de insetos normalmente ocorre na primavera e verão. Além de desagradáveis, as picadas podem causar alergias e transmitir doenças, como a dengue.

De acordo com Eléa Marie Wessel, coordenadora do Departamento de Vetores de Zoonoses do município, o setor combate infestações de pragas urbanas em locais públicos. E também atende a denúncias em casos de propriedades privadas abandonadas.

Ela relata que na cidade há 65 pontos de monitoramento de pernilongos, e outros 46 de borrachudos.

Comenta que em 2014 foram feitas cerca de 43 solicitações de aplicação de veneno para os dois insetos. Neste ano, só até julho, o número de chamadas aumentou para 58.

A justificativa está nos fatores meteorológicos incomuns que atingiram a região. Além do calor fora de época, a umidade excessiva propicia um ambiente favorável à procriação de pragas urbanas. “Além da alta da temperatura, também choveu muito neste ano”, realça Eléa.

Prevenção

Outra preocupação que surge com o clima incomum para esta época é o aparecimento de focos do mosquito da dengue. O coordenador da Vigilância Ambiental, Fernando Diel, relata que até agora não foram encontrados na cidade o aedes aegypti, mosquito que transmite a doença, nem suas larvas.

Por isso, a rotina de ações de prevenção e combate segue o ritmo normal, mas a situação inspira cuidados. Larvas já foram enviadas para análise, mas até o momento nenhuma era do aedes. “Mas como a prevenção é o mais importante, é provável que as campanhas sejam antecipadas”, avalia.

Tanto Eléa quanto Diel alertam para a importância de evitar ambientes de procriação, impedindo o acúmulo de entulho ou recipientes que possam reter água. Além de cobrir e tratar piscinas, tampar caixas d’água e colocar areia em vasos de flores.

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