Telefonia melhora e oferece internet no interior

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Telefonia melhora e oferece internet no interior

Santa Clara do Sul – O atual sistema de telefonia, funcionando por meio de ramais, será transformado numa rede fixa com a oferta de internet banda larga. O projeto começou em Nova Santa Cruz, em 2012, e é estendido para…

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Santa Clara do Sul – O atual sistema de telefonia, funcionando por meio de ramais, será transformado numa rede fixa com a oferta de internet banda larga. O projeto começou em Nova Santa Cruz, em 2012, e é estendido para Picada Santa Clara, Sampainho e Sampaio.

tOs trabalhos começaram no início de maio e devem ser concluídos em cerca de três meses. Entre os serviços oferecidos estão internet de, no mínimo, um mega de potência e telefonia fixa direta, sem a necessidade de ramal. O investimento público será de R$ 60 mil, realizado pela empresa ADS, de Nova Prata.

Para os moradores que participam das associações, via ramal, o investimento é de R$ 500, com mensalidade de R$ 32 para telefone e R$ 50, internet de um mega. As ligações dentro da comunidade serão gratuitas. O custo para os demais moradores dependerá de avaliação das entidades. Ambos os serviços são oferecidos pela OI.

De acordo com o vice-prefeito, Inácio Herrmann, organizador do projeto, a proposta é implantar a rede com cabos de fibra óptica em todas as localidades do interior nos próximos anos. A partir de 2014, Chapadão e Alto Arroio Alegre devem ser os novos beneficiados, de acordo com a adesão dos moradores.

Herrmann presidiu a associação de Nova Santa Cruz por 19 anos e reconhece as dificuldades do sistema por meio de ramais. Segundo ele, são recorrentes as reclamações e pedidos por melhorias.

Fim da incomodação

Há 15 anos, Lúcia Franz é responsável por atender os telefonemas da central de Picada Santa Clara. O serviço é voluntário e, muitas vezes, precisa acordar de madrugada. Incômodos são recorrentes. Uma vez, foi xingada por uma pessoa que não conseguiu ligar para o número desejado.

De acordo com Lúcia, os números dos ramais estão desatualizados nas listas telefônicas. Com isso, aumenta a quantidade de telefonemas para a central com reclamações. A linha é instável e não funciona em determinados períodos do dia.

A divisão das despesas era feita pela associação. Cada proprietário do ramal pagava seu consumo. Este processo gera transtornos, como desacordo em relação às ligações. “Teve um caso que um morador não quis pagar, alegando que não teria feito tal telefonema. Isto acabou.”

Para Lúcia, o novo sistema colabora para o desenvolvimento da comunidade. Agricultores poderão se profissionalizar por meio da internet e estudantes aprimorar o aprendizado.

Sistema é elogiado

Em Nova Santa Cruz, 60 moradores aderiram ao projeto. É o caso de João Carlos Zang, 59, que enfrentava dificuldades com recorrência devido à falta de sinal, sobretudo em dias chuvosos.

Ele e a mulher, Liane Maria, aproveitam a internet e o telefone para se comunicar com os dois filhos que moram em Lajeado. Também marcam consultas médicas.

Liane faz pesquisas sobre artesanato, e o marido se mantém atualizado, lendo jornais. Em média, são três horas por dia na internet.

Moradores ansiosos

Famílias como a da produtora rural Vera Immich, de Sampainho, estão ansiosos quanto ao novo serviço. Ela será beneficiada com telefonia direta e internet. Além de servir como ferramenta de comunicação, a rede de computadores auxiliará na venda de produtos coloniais, sobretudo hortaliças sem agrotóxicos.

Com o telefone, a segurança será fortalecida. Para ela, será possível se comunicar com os órgãos competentes assim que surgir qualquer ação suspeita. “Até porque a criminalidade tem migrado ao interior.”

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